Toda a pessoa no pleno uso de suas faculdades mentais deve ser responsável pelos atos que pratica e saber, quando os pratica, se os mesmos são lícitos ou ilícitos, morais ou imorais.
Não assiste qualquer razão a quem administra coisas de terceiros invocar foro privilegiado quando comete qualquer irregularidade. Aliás, o tal foro privilegiado já é um recurso deixado pronto por quem está saindo de uma administração e admite que fez coisas erradas. Aquele que tem certeza de que fez tudo certo jamais criaria um foro especial para julgar ex-ocupantes de, quase sempre, administrações públicas.
Pertenço à corrente minoritária que defende a idéia de que todo aquele que representa terceiros, na atividade privada e ou na pública, não deve ser contemplado com qualquer tipo de sigilo, seja fiscal, telefônico, bancário, etc., pois desta maneira seria mais difícil o enriquecimento ilícito. Acredito ainda que a ostentação de riqueza devesse possibilitar a investigação de qualquer cidadão, pois na maioria das vezes ela é incompatível com os ganhos do mesmo.
O preocupante nisso tudo é que a maioria das pessoas, quando consultada, afirma que faria a mesma coisa se estivesse no lugar das denunciadas.
Os dias se sucedem e os acontecimentos se repetem. É lamentável, sob todas as formas, o que está acontecendo no RS, mas tudo aquilo que começa mal assim termina. A governadora já mentia antes de assumir a administração estadual, haja vista que com a conivência do seu antecessor quis elevar a matriz tributária ao apagar das luzes do mandato deste. O desgaste seria dele, mas os benefícios seriam dela.
Nunca, nos últimos anos, o RS testemunhou uma administração tão desarticulada quanto a atual o que demonstra que apesar dos avisos a maioria escolheu a pessoa errada.
A sociedade reclama, mas ela é a responsável pela contaminação do processo eleitoral. A corrupção está presente, com mínimas exceções, já na eleição de um simples vereador. A base, os municípios, conhece todos e quem escolhe os piores tem de arcar com os prejuízos. Os partidos políticos precisam defender o bem coletivo e não os interesses de suas cúpulas. Se os atuais senadores renunciarem aos mandatos e se candidatarem novamente, por certo, a grande maioria dos mesmos será eleita outra vez. Isso se repete todos os dias, só não vê quem não quer.
Quando o Ministério público se omite é criticado, quando se manifesta também. O que querem?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário