sexta-feira, 21 de agosto de 2009

NOITES DE INVERNO

Os pés molhados,
as mãos gélidas.
Lentamente giro a chave
na maçaneta da porta.
Esta se abre, entro na sala.
Ninguém à minha espera.
Não sei onde é mais frio,
se na casa vazia ou na rua deserta.
Um retrato na parede
me tráz recordações.
Umas boas, outras más.
O silêncio é total,
somente se quebra com meu respirar.
Essa é minha vida... nada a reclamar.
Gosto do inverno, dos dias cinzentos,
dos dias de chuva que me fazem meditar.
Lá fora o vento fustiga as árvores secas.
Adormeço... e sonho
com outro dia...
e, talvez com alguém a me esperar.
S. G. julho-1994.

Um comentário:

  1. Tio, você expressou exatamente o que tenho sentido nesses últimos tempos. Hoje completa cinco meses. Abraço... Juliana.

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