sexta-feira, 29 de julho de 2016

PARTIDOS POLÍTICOS DIFICULTAM O VOTO


            Pelas composições que fazem tentando ganhar uma eleição, as cúpulas partidárias acabam dificultando o voto do eleitor. Na verdade o que existe são coligações de pessoas e não de idéias e projetos.
         As coligações na verdade representam um inventário do poder em caso de sucesso, pois não raras vezes se assiste a sua ruptura já na montagem da equipe administrativa.
         Outro indicativo que desacredita as coligações é o fato dos seus arranjos não serem levados ao conhecimento do eleitorado para aprová-los ou não, antes das eleições. Tais arranjos são conhecidos quando não cumpridos, pois a parte que perde o poder acaba divulgando-os. O que leva grupos de idéias divergentes se unirem com o propósito de ganhar uma eleição? O bem comum, se supõe, não é.
         É necessário diferenciar divergências sobre conceitos e modelos de administração pública das divergências individuais, pois estas dizem respeito a dois ou mais indivíduos, enquanto aquelas atingem toda uma coletividade ou grande parte da mesma. A divergência ocorrida na mesa de um bar, após a ingestão de generosas doses de bebida alcoólica, é completamente diferente da divergência de quem fez ou faz desvios dos recursos públicos, com aquele que pretende zelar pelos recursos públicos.
         As divergências ocorridas sobre interesses individuais são diferentes das divergências nas quais está em jogo o interesse coletivo.
         A divergência ocorrida na mesa de um bar quase sempre acaba com um pedido de desculpas, mas a divergência sobre políticas públicas é de difícil conciliação.
         Não é sadia uma coligação entre o bom e o ruim ou uma coligação/convivência pública que já não deu certo ontem. No momento em que uma ou outra se repete está evidenciada a coligação de pessoas, pois a coligação de idéias está prejudicada definitivamente.
         Pelo que vem sendo levado ao conhecimento popular e sem que surja coisa nova no cenário são-gabrielense, está muito difícil escolher em quem votar nas eleições de 2016, haja vista, a contradição existente em certas coligações, ou a comprovada desconfiança com outras.
         As convenções confirmarão ou não essa dificuldade.
        
          
        
        

         

sexta-feira, 22 de julho de 2016

SURPRESO, FELIZ E REALIZADO



            Surpreso por ter vencido os setenta (70) anos de idade em vista da vida boêmia e solitária que levo.
            Feliz pelas tantas manifestações recebidas pelo transcurso do aniversário, em especial pela visita da querida e sempre colega, Aneti Moraes Trindade, acompanhada do marido, Sérgio Trindade, gerente aposentado da Caixa Econômica Federal e companheiro de futebol de salão nos nossos tempos de atletas.
Feliz pela presença, em São Gabriel, do Flávio Madruga, do Batista, do Carmaia, do Pedroso, do Oreci, do Josué, do Guidolin, do Élson, do Raul e do Marcelo, amigos que se deslocaram de Santa Maria somente para me dar um abraço.
            Feliz porque entre as tantas felicitações que recebi pelo lançamento do Livro, Versos ao Vento, está uma especial, do Senhor Osório Santana Figueiredo, que já entreguei cópia à Rafaela.
            Realizado pela filha que tenho e pelo carinho que as pessoas nutrem por ela.
            Realizado por chegar a essa longa idade sem ter me violentado.
            Realizado pelos verdadeiros amigos que sempre, de uma maneira ou de outra, me aturam em qualquer ocasião.
            E por falar nas pessoas que me aturam, sem a autorização do autor, João Alfredo Reverbel Bento Pereira, reproduzo: UMA SIMPLES OPINIÃO. “Dificilmente se encontrará alguém mais qualificado para exercer um cargo público eletivo – tanto no âmbito do executivo, como do legislativo -, do que Bereci da Rocha Macedo. E digo isso com convicção e certeza. Embora não seja simpático, é sério, honesto, competente, coerente, firme, equilibrado, sensato e extremamente capaz em tudo o que se propõe a fazer. Não sou cientista político e nem social, por isso não consigo entender a rejeição ao seu nome. E, repito, ninguém é mais qualificado do que ele para o exercício de um cargo público. Se existe alguém que o supere, desconheço.
            Se vivêssemos num país sério, com um povo sério, seria um nome de ponta, a ser valorizado, compreendido e apoiado. Mas, aqui, as coisas são diferentes. O mérito, o caráter e a competência são coisas secundárias. A seriedade e o zelo com a coisa pública também não interessam à maioria. É inconcebível a falta de oportunidades a quem tem a coisa pública acima de quaisquer outros interesses.
            São Gabriel perde a chance de dar voz e vez a um dos seus filhos mais ilustres e representativos, preferindo valorizar as conveniências momentâneas, passageiras e ilusórias. Vai-se entender uma coisa dessas...”
            Obrigado.
            Caro João, a resposta á tua indagação vem de 1898, com o nosso conterrâneo Alcides Maia: “Sem a força do querer, sem a faculdade da ação, quase sem energia coletiva, sem a disposição de ânimo para sacrificar tudo nas aras da justiça, no culto da verdade intransigente, no respeito e na obediência aos princípios cardeais de nossa estrutura política, o Brasil, esta nossa terra querida, tão merecedora de piedade, tão pobre de amor, está e estará ainda por muito tempo exposto ao charlatanismo de politiqueiros audazes, à precipitação dos ideólogos e radicais, à exploração dos estrangeiros, e à ganância vil, ignóbil e pútrida dos que se dedicam à vida pública, pensando unicamente na fortuna”.
                Ou então com o Rui Barbosa, falecido em 1923. “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a se desanimar da virtude, a rir da honra e ter vergonha de ser honesto”.
                Sou apenas um homem que procura ser correto em tudo que faz e assim honrar a família e os amigos, sem jamais abrir mão de suas convicções. Já acostumei com a indiferença da maioria, mas tuas considerações a meu respeito, para mim, valem mais do que 5, 10, 20, 50 mil votos. É, na verdade, o reconhecimento da vida de um homem que disse não às vantagens materiais para preservar sua identidade e sua vocação de ser o mesmo em qualquer circunstância.
            Por tudo que tem me acontecido nos últimos dias é que me sinto o homem mais rico do universo.
            SURPRESO, FELIZ, VENCEDOR E REALIZADO.
           
           
               

                

sexta-feira, 15 de julho de 2016

COMUNICADO





Para manter minha integridade moral, coerência de ação e o perfil de político austero, comprometido com políticas saudáveis que contemplem o bem estar da coletividade, COMUNICO QUE, definitivamente, DESISTO da possível candidatura a Vereador, se confirmada em Convenção, a composição anunciada pelo meu partido, o PP, com o PSB, visando às eleições de outubro próximo.
Não posso ter dois (2) discursos no mesmo palanque.
Mantenho os princípios que nortearam minha vida ao longo de 70 anos, embora eles me proporcionem incompreensões e indiferenças.
Todo o homem tem o direito de divergir dos outros, mas jamais poderá conflitar consigo próprio, pois nesse momento ele perde sua essência e a confiabilidade tão necessária ao líder.
Os poucos que me consideram entenderão meu gesto, pois abrir mão das minhas convicções para tentar obter uma simples cadeira na Câmara de Vereadores é antecipadamente perder minha identidade e minha personalidade.
         A vitória sem honra é a certeza da derrota total.
O trigo e o joio não sobrevivem harmoniosamente na mesma lavoura.
As cúpulas partidárias são na maioria das vezes, pelos arranjos conflitantes que fazem, as grandes responsáveis pelo descrédito dos políticos.
Não posso jogar na valeta comum dos aproveitadores o nome que construí com tantas renúncias e dificuldades. Seria perder tudo por arriscar tão pouco.
Obrigado.


sexta-feira, 8 de julho de 2016

VERSOS AO VENTO



            Agradeço através deste espaço todas as manifestações recebidas sobre a pequena obra que publiquei com o nome que intitula esta coluna.
         O título escolhido se deve ao fato de que os escrevi sem a pretensão de publicá-los, pois eles são frangalhos de uma vida extremamente solitária ou, talvez, representem uma fuga para não enlouquecer diante da constatação da hipocrisia que mora no íntimo da maioria dos seres humanos.
         Outra razão que me animou foi o que disse, certa vez, o poeta ANGELINO VARELA: “Bereci, nunca devemos nos envergonhar de falar ou de escrever o que pensamos, pois a maior bobagem que se fale ou se escreva sempre é útil para alguém”.
         Espero que para alguém meus versos tenham sido úteis.
         Outra expressão que muito me fez pensar foi escrita pelo advogado JOÃO ALBERTO SOUTO: “O homem sábio não foi feito para ser compreendido, mas sim compreender o seu semelhante”. Foi esse homem que prematuramente deixou o mundo dos vivos que me transformou em um sábio, pois compreendo todos os meus semelhantes, mas dificilmente ou quase nunca sou compreendido por algum.
         A insistência de poucos amigos também ajudou na publicação da obra.
         Se vencer a chateação de preparar a feitura de um livro, quem sabe no futuro me atreva à publicação de outro.
         Agradeço também aos amigos que trabalham nos veículos de comunicação que gentilmente divulgaram, espontaneamente, alguns tópicos da obra.
         Às pessoas que perguntam por que não comercializei o livro Versos ao Vento, lá vai: 1 – O interesse em divulgá-lo é meu; 2 – Se vendesse não sei se alguém o compraria; 3 – Dado, sei que alguns vão lê-lo; 4 – Se gostarem, ótimo e; 5 – Se não gostarem vão dizer: Pelo menos não paguei nada por esta porcaria. Esta última manifestação nunca é feita direto ao autor, mas aos outros sim. É o risco que todo o escritor corre quando se atreve a publicar uma obra.
         MUITO OBRIGADO.
         ### Com o PT fora do páreo ou na cadeia e o silêncio dos batedores de panelas é de se supor que estes apostam nesta impoluta dupla para governar o Brasil: Presidente – EDUARDO CUNHA (o gênio); Vice – BOLSONARO (o asneira). O slogan já está pronto: BRASIL – corrupção sempre, desde que não seja do PT e dos seus afiliados. O PMDB se aproximaria dos quarenta (40) anos de poder e o PP o mesmo tempo como coadjuvante. O Brasil estaria livre da intervenção da Bolívia, da Venezuela, da Colômbia, da Argentina, mas orgulhosamente desfraldaria a bandeira dos EUA na condição de sua colônia. O que é muito provável.
         Até ...