(30.04.1993)
Posso
afirmar que não será um acidente de percurso que me fará desanimar. Sou, por
índole, persistente. No meu dicionário não existe a palavra “desistir”. Na luta
que proclamo não há lugar para lacaios, bajuladores, covardes e omissos. Esses
não vivem, passam. Acostumados às farsas e à sombra dos palácios não se ousam
manifestar ao sol. São, por natureza, traidores. Ao menor indício de maiores
vantagens, quase sempre materiais, não vacilam, trocam de “rei”. Na luta que
proclamo e defendo preciso de “homens” altruístas, , dignos e que tenham a
nobreza de se doar à coletividade (não viver à custa da coletividade). Preciso,
também, e como preciso da mulher fonte de amor, da mulher amiga, enfim, da
mulher origem da vida e razão da existência. Preciso do homem e da mulher
verdadeiros na busca incessante das razões da vida.
As
adversidades me estimulam, o desconhecimento me fascina e a certeza da morte me
faz despretensioso. Pobre do homem que não assimila a inexorável verdade: quanto mais vivemos mais nos aproximamos do
fim. Na ânsia de saciar sua ambição a maioria dos homens esquece de que é
mortal. Minha luta é por um ideal. Defendo idéias, eternas idéias. Sei que não
tenho a maioria, mas a minoria que me respalda é mais forte porque é mais humilde e, finalmente, é mais
forte porque é mais sadia. Podemos
não ter o poder, mas temos o respeito mútuo e a solidariedade que dignifica
todo o ser humano que é tomado desse sentimento.
Diz
o provérbio que as semelhanças se atraem: Seguidamente assistimos a confirmação
do mesmo.
A
luta pela recuperação moral deste País nos exige sacrifícios, renúncias e
incompreensões. Coragem e grandeza precisamos ter. Os bons são maioria, só que uma maioria calada e omissa. A minoria
ganha porque é atuante e sem escrúpulos. A culpa não é minha se estão elegendo
aventureiros desocupados e aproveitadores para dirigir nossos destinos.
Nem
tudo está perdido. Precisamos acordar e então de mãos dadas, corações unidos e
com o pensamento para o alto haveremos de recuperar nosso Hino Nacional e o
ímpar sentimento de brasilidade para, com força e trabalho, construirmos o
BRASIL que todos os bem intencionados almejam. É possível. Basta querer.
Reafirmo
o pensamento de tantos anos atrás, pois continuo acreditando nesse caminho.
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Destaco a visita do Luiz Carlos Santana, uma amizade desde quando éramos
garotos e que continua sólida com o passar dos anos. Uma convivência pura, de
grande valor, fundamentada no respeito e na aceitação do sagrado direito de
divergir. A visita do Luiz Carlos sempre me reanima e aumenta minha
responsabilidade em manter a confiança daqueles que apostam em mim. Os poucos
que me emprestam solidariedade jamais se decepcionarão porque saberei honrá-los
enquanto existir. Não busco notoriedade e muito menos promoção, busco
justificar minha passagem pela vida com atos que a enobreçam e a eternizem.
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Prefeito, mais um mandato se vai e a Tito Prates continua na poeira ou na lama.
Triste.
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