sexta-feira, 4 de março de 2016

AS EMPREITEIRAS E A INTIMIDADE COM O PODER



            Para os cínicos e para os que discutem a vida nacional com parcialidade, atribuindo tudo que existe de ruim no Brasil às administrações do PT, com Luiz Inácio ontem e hoje com a Dilma Roussef, é imperioso esclarecer que o crescimento dessas Empreiteiras, que hoje estão na mira de profundas investigações sob a responsabilidade da Polícia Federal, começou na administração do Presidente Costa e Silva pelo Decreto 64.345, de 10 de abril de 1969, que blindou as portas para empresas estrangeiras em obras de infra-estrutura no Brasil.          
            A Odebrecht, até o final dos anos 60, era uma média empresa baiana. Aproximou-se dos militares e construiu a sede da Petrobrás (!?) em 1971, o Aeroporto do Galeão e a Usina Nuclear de Angra.
            Prosperaram assim muitas das Empreiteiras, entre as quais, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior e OAS.
            A associação íntima entre o público e o privado na época da ditadura se consolidou com a nomeação de militares em cargos de direção nas empresas. Oficiais superiores assumiam Diretorias e Conselhos de grandes Corporações.
            A Ditadura das Empreiteiras acabou em 1991, com o Presidente Fernando Collor de Mello, já muito tarde para coibir a influência dessas empreiteiras na vida política da nação. Lastimavelmente elas já estavam suficientemente fortes para ter um papel decisivo nos destinos do Brasil. A imprensa censurada
            Não se quer com esta matéria justificar qualquer prática ilegal ou imoral que esteja acontecendo nos dias de hoje nas administrações comandadas por estes ou aqueles Partidos Políticos, pois as administrações se sucedem e se alternam justamente para as posteriores corrigirem os erros das anteriores e não para repeti-los ou aumentá-los.
            Existe uma evidente má vontade com a atual administração federal por parte daqueles que afirmam que a ditadura das empreiteiras começou com a ascensão do PT ao poder, pois quem é responsável e bem intencionado sabe que cada grupo que ascende ao poder central tem o seu contingente de áulicos (pertencentes à corte, cortesãos, palacianos). Eles estão presentes não só nas administrações federais, mas também nas estaduais e municipais. São os ditos íntimos.
            Observem São Gabriel e verão que os áulicos da administração “A” são uns; da administração “B” são outros; da administração “C” são diferentes das outras duas (2). Mas prestem atenção, caso contrário não saberão diferenciá-los.
            Participem mais da nossa querida e maltratada São Gabriel e um dia vocês saberão o que sei.

           


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