sexta-feira, 11 de março de 2016

REEDIÇÃO DE 1964?


            Para quem viveu, e tem memória, os acontecimentos que culminaram com o movimento de 1º de abril de 1964, antecipado para 31 de março porque aquele é o dia dedicado aos bobos, não pode, de sã consciência, negar a semelhança com a situação que vive o Brasil nos dias de hoje.
            Um governo de esquerda atrapalhado, boicotado pelo Congresso Nacional, amaldiçoado pela grande imprensa, mas com grande apoio popular e uma direita, oposição, sem nomes ou lideranças de expressão nacional capaz de se impor perante a nação dentro das regras tênues que sustentam nossa democracia.
            Paira no ar uma tensão e uma grande articulação de novo golpe, pois a direita ante a possibilidade de mais quatro (4) anos longe do poder central usa de todos os meios na tentativa de desestabilizar a esquerda e levá-la ao total descrédito perante a opinião pública. Conseguirá ou não?
            1964: João Goulart e suas reformas de base.
            2016: Dilma Roussef e sua falta de sensibilidade política para lidar com um Congresso Nacional cujos componentes estão mais para si do que para o povo.
            As forças concorrentes são iguais, nenhuma tem credibilidade suficiente para se apresentar como solução, pois quando administraram o País foram tão corruptas quanto as atuais. A única diferença que se nota é que existe uma investigação permanente e rigorosa contra O PT e seus quadros por parte da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário como um todo, enquanto é notória a omissão quando a denúncia e indícios de crime atingem lideranças de outros partidos.
            Não é o caso de absolver ou condenar este ou aquele e muito menos ter a pretensão de ensinar a Polícia Federal a agir assim ou assado, pois é um órgão que tem as informações necessárias para fazer investigações sobre todo e qualquer cidadão. Ela é uma instituição acima de qualquer suspeita, mas seus componentes são humanos e, como tal, tem lá suas preferências.
            O momento é extremamente perigoso e tal qual o 1964 já deve existir em marcha uma conspiração, incluindo forças internacionais, com a finalidade de assumir o governo brasileiro sob a tutela dos vigilantes Estados Unidos da América, os maiores intervencionistas do universo.
            Os brasileiros precisam aprender a resolver seus conflitos internos sem interferência deste ou daquele país, pois a interferência externa além de limitar nossa independência é um vetor às liberdades individuais de todos os cidadãos.
            O clima é este sob minha óptica, livre e independente, pois não tenho compromisso com ninguém, exceto com a verdade, mesmo que isso incomode muita gente.
            Depois de alguns insensatos semearem tanto ódio, não é de desprezar um conflito de consequências trágicas e imprevisíveis para o Brasil.
            

             

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