Para
quem viveu, e tem memória, os acontecimentos que culminaram com o movimento de
1º de abril de 1964, antecipado para 31 de março porque aquele é o dia dedicado
aos bobos, não pode, de sã consciência, negar a semelhança com a situação que
vive o Brasil nos dias de hoje.
Um
governo de esquerda atrapalhado, boicotado pelo Congresso Nacional, amaldiçoado
pela grande imprensa, mas com grande apoio popular e uma direita, oposição, sem
nomes ou lideranças de expressão nacional capaz de se impor perante a nação
dentro das regras tênues que sustentam nossa democracia.
Paira
no ar uma tensão e uma grande articulação de novo golpe, pois a direita ante a
possibilidade de mais quatro (4) anos longe do poder central usa de todos os
meios na tentativa de desestabilizar a esquerda e levá-la ao total descrédito
perante a opinião pública. Conseguirá ou não?
1964:
João Goulart e suas reformas de base.
2016:
Dilma Roussef e sua falta de sensibilidade política para lidar com um Congresso
Nacional cujos componentes estão mais para si do que para o povo.
As
forças concorrentes são iguais, nenhuma tem credibilidade suficiente para se
apresentar como solução, pois quando administraram o País foram tão corruptas
quanto as atuais. A única diferença que se nota é que existe uma investigação
permanente e rigorosa contra O PT e seus quadros por parte da Polícia Federal,
do Ministério Público e do Judiciário como um todo, enquanto é notória a
omissão quando a denúncia e indícios de crime atingem lideranças de outros
partidos.
Não
é o caso de absolver ou condenar este ou aquele e muito menos ter a pretensão
de ensinar a Polícia Federal a agir assim ou assado, pois é um órgão que tem as
informações necessárias para fazer investigações sobre todo e qualquer cidadão.
Ela é uma instituição acima de qualquer suspeita, mas seus componentes são
humanos e, como tal, tem lá suas preferências.
O
momento é extremamente perigoso e tal qual o 1964 já deve existir em marcha uma
conspiração, incluindo forças internacionais, com a finalidade de assumir o
governo brasileiro sob a tutela dos vigilantes Estados Unidos da América, os
maiores intervencionistas do universo.
Os
brasileiros precisam aprender a resolver seus conflitos internos sem
interferência deste ou daquele país, pois a interferência externa além de
limitar nossa independência é um vetor às liberdades individuais de todos os
cidadãos.
O
clima é este sob minha óptica, livre e independente, pois não tenho compromisso
com ninguém, exceto com a verdade, mesmo que isso incomode muita gente.
Depois
de alguns insensatos semearem tanto ódio, não é de desprezar um conflito de
consequências trágicas e imprevisíveis para o Brasil.
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