sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

EXCETO O PT, QUEM PARA 2018?



            E, naturalmente, que seja melhor. Está faltando o Magistrado que o Brasil nunca teve. Getúlio não foi; Juscelino não foi; o que mais pareceu ser foi Tancredo, mas a morte cortou sua trajetória quando o Brasil mais precisava dele.
            Na miséria de Grandes Homens que nos obriga a conviver com o Eduardo Cunha, Bolsonaro e Aécio como possíveis alternativas desejadas pelos seus simpatizantes muito mais celerados do que eles, sem qualquer tipo de paixão, temo pelo futuro do Brasil.
            O nível da discussão é absurdo, rasteiro e dimensiona o caráter mesquinho de todos os envolvidos. Líderes e povo em geral, com honrosas e escassas exceções.
            E nestes terríveis momentos quando a grande maioria toma partido influenciada pelas notícias produzidas por uma mídia suspeita e parcial, com poucas opções válidas para trocar idéias, com a disseminação de ódios e de confrontos e sem que ninguém assuma suas responsabilidades, não vislumbro nenhuma possibilidade de mudar o clima de litígio que propositadamente foi plantado no País.
            A mediocridade, pelo voto direto da maioria, tomou conta do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras Municipais.
            A maioria reza pela cartilha dos canalhas e aproveitadores e a eles assegura os melhores cargos em todas as esferas do poder.
            Não encontro em qualquer dos partidos Políticos um líder com capacidade para harmonizar e pacificar o País, muito menos Marina Silva que tal a coruja de estrada anda de Partido em Partido tentando realizar o seu objetivo maior que é ser Presidente do Brasil. E quem a patrocina?
            Hoje o Brasil, se supõe, está dividido da seguinte maneira: A quadrilha dos que estão e a quadrilha dos que querem entrar. A briga é pelo poder, somente pelo poder.
            Alguns Juízes e ou Ministros partidarizaram escancaradamente o Poder Judiciário, haja vista, suas suspeitas decisões que diferenciam os autores de um mesmo crime. Decidem pelo perfil do réu e não pela natureza do crime.
            Minhas afirmações encontram eco na perseguição sistemática ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva, enquanto outros ex-presidentes que praticaram os mesmos supostos delitos navegam em mar de brigadeiro. O objetivo maior é alijar o ex-presidente Luiz Inácio do processo sucessório de 2018 e entregar, na marra, o poder à quadrilha preferida pela grande mídia.
            QUEM É MAIS INCOMPETENTE: Os que governam ou os que não conseguem vencê-los dentro das regras vigentes?
            Não suporto a desigualdade de tratamento aos iguais. Isso nos leva de volta ao passado da selvageria, das injustiças, das torturas, dos assaltos e da exceção. Isso não é bom para ninguém.
            Não tenho ódios; tenho divergências. Não faço previsões; faço constatações. Ao longo da vida aprendi, através do sofrimento e de uma participação ativa em todos os segmentos da sociedade, a ter minha visão crítica dos acontecimentos que presencio.
            Um país que não tem seu sistema legal sustentado na moral é um país falho na aplicação do seu sistema legal. Esse parece, no momento, ser o Brasil.
           
           
             

           
           

            

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

POLÍTICO BOM NASCE MORTO.



            Por quê? Porque a maioria dos eleitores gosta de eleger político ruim. Esta deve ser a resposta correta para os idiotas que se atrevem a postar tal mensagem nas redes sociais e na rede internacional de computadores. A observação é minha: eleitor ruim deveria nascer morto, pois dessa maneira nasceriam bons políticos.  
            Está mais do que na hora dos eleitores assumirem suas responsabilidades quanto à qualidade e a preferência do candidato eleito para representá-los.
            Porque reclamar dos eleitos se os Partidos Políticos indicam e a maioria escolhe sempre os mesmos que deixaram a desejar nos quesitos moralidade e impessoalidade no desempenho do mandato popular?
            Estamos, novamente, em um ano de eleições municipais, as eleições chamadas de íntimas porque são as que possibilitam aos eleitores escolher o senhor prefeito e os senhores vereadores para um mandato de quatro (4) anos. Íntimas porque o eleitorado conhece suficientemente os candidatos ou pelo menos deveriam conhecê-los, eis que vivem na base na qual devem iniciar todas e quaisquer mudanças.
            Não acredito que os Partidos Políticos e muito menos o eleitorado sejam os patrocinadores das mudanças necessárias à moralização do Brasil
            Quando os acusadores da atual Presidente do Brasil e aqueles que defendem o seu impedimento apostam em um cidadão do estofo moral de um Eduardo Cunha, segundo as notícias, somente querem trocar a ruim pelo pior.
            Sou obrigado a dizer aos meus leitores que não conheço e nem os senhores conhecem, o Ex-presidente Luiz Inácio da Silva, a atual Presidente Dilma Roussef, o Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o Senador Aécio Neves, o Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Vice-Presidente Michel Temer, o Senador Renan Calheiros e tantas figuras do chamado núcleo do poder, mas simplesmente leio notícias a seu respeito, escritas ou faladas por pessoas que também não conheço e que não sei se são verdadeiras ou falsas.
            Mas conheço os políticos daqui e os senhores também, muitos dos quais têm os defeitos atribuídos aos citados acima e que não sofrem, por parte dos seus eleitores, as mesmas restrições manifestadas àqueles. È muito estranho e contraditório esse comportamento, pois condena os desconhecidos que estão distantes e absolve os sabidamente faltosos que são conhecidos e estão próximos.
            O título – Político bom nasce morto – deve ser de autoria daqueles que não gostam e muito menos votam nos candidatos responsáveis, preparados, com um projeto de bem estar para a população, que não são vigaristas, não são simpáticos, não andam distribuindo gentilezas e muito menos explorando a boa fé de velhos e de jovens tão somente preocupados nos seus projetos de realização pessoal.
            Esta outra interpretação também pode ser verdadeira: Político bom nasce morto porque ele nunca é o preferido pela maioria do eleitorado e embora candidato, é relegado ao segundo plano.
            Daqui a dois mil (2000) anos quando os idiotas aprenderem que eleitor bom faz POLITICO BOM NASCER VIVO este Brasil iniciará o caminho do verdadeiro desenvolvimento. Antes disso só atraso, canalhices e corrupção.
                         



           
           
           


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

NÃO ME CONFUNDAM



         Tenho dificuldade para esquecer talvez por isso muitas pessoas, inclusive alguns amigos, me enxerguem como intransigente, irredutível, radical e fundamentalista. Pensem o que quiserem, mas não sei ter uma personalidade pela manhã e outra pela tarde. Faço esforço para ser o mesmo homem pela manhã, à tarde e à noite em todos os dias do ano. Creio que sou bastante claro em minhas manifestações quanto aos meus credos político e religioso. Não tenho qualquer tipo de preconceito e/ou discriminação. Mas mesmo assim alguns me interpretam mal quando constato o massacre proposital e com segundas intenções, suponho, que a grande mídia faz contra o PT e seus afiliados.
            Não sou PT, mas como político, crítico e cidadão que procura ser correto com todos, não esqueço as atrocidades que o meu lado praticou quando esteve, em uma situação especial, governando através de instrumentos de exceção, como também nunca aprovei guerrilheiros e guerrilhas ou ladrões de qualquer classe social. A justiça depende dos julgadores, eles são humanos, mas todos têm seus lados e suas preferências.
            Todas as ditaduras ou regimes de exceção são bons quando são do nosso lado, embora cruéis e destruidores da dignidade humana dos que lhes são contrários.
            Não me confundam com os covardes que se aproveitaram outrora de governos que ajudei a sustentar e hoje se intitulam os arautos da lei, da disciplina e da moralidade. Eles nada mais querem, ainda que não tenham coragem para admitir, do que a volta ao poder daqueles que lhes entupiram com tantos privilégios.
            Ninguém vai me fazer acreditar que essa podridão nasceu, cresceu e se agigantou ao ponto de se tornar insuportável, nos últimos vinte (20) anos.
            Getúlio Vargas confessava, em 1954, que por baixo do seu palácio corria “um rio de lama”. Logo depois de sua morte foi explorada uma “carta Testamento” cujo original nunca foi exibido e que é até hoje a única carta de um suicida ditada ou copiada por uma datilógrafa. O embuste é evidente. (O Poder da Idéias – Carlos Lacerda).
            Pergunto: Suicidou-se ou mataram-no?
            E alguns incautos, que ora nascem para a vida, que nunca leram Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck, Alberto Pasqualini, Flores da Cunha, Borges de Medeiros, Júlio de Castilhos e o J. F. de Assis Brasil, para mim, um dos melhores senão o melhor pensador que o Brasil já produziu, dentre tantos, usam de todo e qualquer espaço para destilar ódios em vez do debate sadio e civilizado que nos leva a todos os entendimentos ou para afirmar que a corrupção neste Brasil começou ontem. Mas como afirmar isso se recém desabrocham para a vida?
            Não, a corrupção é muito antiga. Ela somente se alastra assustadoramente porque a sociedade de consumo que se instalou no País a patrocina e o povo de uma maneira geral a pratica.
            Não sou PT, sou Bereci da Rocha Macedo, um homem de opinião própria e que não tem medo de manifestá-la, pois a existência sofrida a transformou em convicção.
            Ela é produto de uma vida de trabalho, de dificuldades e de sofrimento, porém sustentada nos princípios cívicos daqueles que não se acostumaram a viver a custa pública. Ela é produto daqueles que preferiram construir um patrimônio de honra, da verdade e da dignidade. Sei que isso pode não significar nada para a maioria materialista, porém é o suficiente para mim.
            Combatam-me, contestem-me, mas, por favor, NÃO ME CONFUNDAM.
            Sei que meu jeito independente de ser, de agir e de pensar me trás muitos dissabores, mas esse é o preço da coerência.
            Prefiro isso a ser lacaio de A ou B.

           

           


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

IGUALDADE DESIGUAL



         A Constituição da República Federativa do Brasil diz em seu Artigo 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
         I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
         A desigualdade está assegurada quando o legislador, no item I do Artigo 5º escreveu: “Nos termos desta Constituição”.
         Art. 202 – É assegurada aposentadoria, nos termos da lei, .....
                   I - aos sessenta e cinco anos de idade, para o homem, e aos sessenta, para a mulher, reduzido em cinco anos o limite de idade para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, neste incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal;
                   II – Após trinta e cinco anos de trabalho, ao homem, e, após trinta, à mulher, ou em tempo inferior, se sujeitos a trabalho sob condições especiais, que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidas em lei;
                   III – após trinta anos, ao professor, e, após, vinte e cinco, à professora, por efetivo exercício de função de magistério.  
         As desigualdades em um País cuja constituição afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, não param somente nos exemplos acima, pois basta não ser alienado para constatar tantas outras.
         O trabalhador regido pela CLT e contribuinte do INSS tem limite de contribuição e sua aposentadoria é calculada sobre a média dos últimos (120) maiores salários. Jamais se aposentará pelo limite máximo de sua última contribuição. A média reduz sua aposentadoria.
         O funcionário público, o militar e tantas outras categorias de trabalhadores se aposentam com o salário do dia no qual é deferida a aposentadoria.
         As desigualdades são tantas que não caberiam no espaço, mas creio que o exposto deu para entender a contradição que a Constituição encerra em seu bojo.

         Acredito que o novo projeto de alteração do modelo de Previdência Social, que breve será discutido, deve trilhar o caminho da igualdade e incluir todos os trabalhadores do Brasil em um único regime de previdência, pois não é justo que os aposentados do INSS sejam discriminados ante outros trabalhadores amparados por privilégios que lhes garantem uma aposentadoria realmente tranquilizadora.