Ou
a coletividade se mobiliza ou ficará refém de quem vive á custa dos recursos
públicos. O Município de São Gabriel destina cinco milhões e trezentos mil
reais (R$ 5.300.000,00)/ano para a sustentação da Câmara Municipal, o que
significa que cada vereador custa a bagatela de vinte e nove mil, quatrocentos
e quarenta e quatro reais e quarenta e cinco centavos (R$ 29.444,45)/mês. Além
de absurdo, é ridículo tanto recurso para pouco ou quase nenhum retorno. E os
abusos não são privilégio daqui, porém noutros municípios a coletividade
despertou e começou uma mobilização contra tamanha exploração.
No
Município de Santo Antonio da Platina
(PR), os Vereadores decidiram aumentar os próprios salários e o do
Prefeito em mais de cinquenta por cento (50%), porém ante a indignação dos
moradores liderados por uma empresária, não só o aumento foi cancelado como os
salários vão diminuir no próximo ano.
No
Município de Jacarezinho (PR),
ante a chegada de moradores para assistirem a sessão da Câmara que aumentaria o
número de cadeiras, um Vereador que usava da palavra, os classificou como
“alguns gatos pingados”. Ledo engano, pois os ditos gatos pingados lotaram a
casa e começaram a miar em protesto
ao referido aumento. Resultado: A emenda
que aumentava o número de cadeiras de nove (9) para treze (13) foi revogada e
ainda a aprovação do corte de trinta por cento (30%) nos seus salários.
Nos Municípios de Ribeirão do Pinhal e Rolândia, a
sociedade conseguiu fazer tramitar projeto de lei pela diminuição dos salários
do Prefeito e dos Vereadores.
Nos
Municípios de Wenceslau Braz, Colombo
e Ponta Grossa, se não obtiveram êxito na redução da remuneração,
diminuíram o número de cadeiras.
No
Município de São João do Rio do Peixe
(PB), os moradores conseguiram reduzir o número de vereadores.
Chapecó (SC); São Caetano (SP); Foz do
Iguaçu (PR); Monte Alto (SP) e dezenas de outras cidades seguem o mesmo
caminho sob a pressão vigilante da sociedade, mas a grande mídia não tem
interesse em mostrar a mobilização para as coisas cujas modificações estão ao
alcance dos habitantes locais.
Isso
me faz lembrar o ano de 1989 quando alguns cidadãos lotaram a Câmara Municipal
e em uma pressão extraordinária fizeram a maioria dos Senhores Vereadores REVOGAR a Lei que aposentava os
ex-prefeitos vivos e os Vereadores não reeleitos.
E nós, são-gabrielenses, quando vamos
tomar uma atitude digna de cidadãos responsáveis, contra tamanhos exageros que
minam as finanças públicas?
Os
R$ 5.300.000,00/ano e mais ou menos R$ 2.500.000,00/ano destinados à Câmara
Municipal e aos CCs respectivamente inviabilizam investimentos que
beneficiariam toda a coletividade. Esse desperdício justifica a expressão: “É a sociedade que está a serviço da Câmara
Municipal e dos CCs e não estes que estão a serviço da coletividade”.
As maiores
crises de um país são construídas pelos seus homens públicos, executivos e
parlamentos, mas nunca os mesmos têm suas remunerações e seus privilégios
reduzidos com a finalidade de acabá-las.
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