quarta-feira, 30 de julho de 2014

CONTABILIDADE DE CANDIDATO


 

 

            Conforme determina a Resolução 23.406/14, do TSE, os candidatos e os partidos políticos deverão contratar um contabilista e um advogado para assinarem conjuntamente as respectivas prestações de contas de suas campanhas.

         Como é natural muitos candidatos já se manifestaram contra as exigências contidas naquela Resolução. Ora, quem tem medo de prestar contas?

         Diante do acima citado a primeira decisão dos candidatos e dos partidos é contratar profissionais habilitados para um assessoramento que lhes dê tranqüilidade durante a campanha e o uso das normas contábeis na elaboração das prestações de contas que neste ano irá além da escrituração de recebimentos e pagamentos, ou seja, do livro caixa. O candidato que não fizer isso poderá se complicar no futuro.

         O candidato deve comprovar a veracidade das receitas e das despesas por meio de documentação hábil e idônea que identifique o adquirente ou o beneficiário, o valor e a data da operação.

         O ideal é a escrituração ser feita diariamente e nunca fazê-la no fim do prazo legal para sua apresentação ao órgão fiscalizador. Fazer as coisas na última hora é a melhor maneira de fazê-las mal feitas e criar oportunidade ao erro.

         Mas para que o TSE atinja seus objetivos na fiscalização dos gastos de campanha é imperioso que os candidatos e partidos políticos respeitem a Resolução 23.406/14, como também os profissionais responsáveis pelo seu assessoramento sejam fiéis aos princípios que norteiam a ética, a moral e as normas da contabilidade brasileira.

         Quando escrevo que o brasileiro é desonesto e indisciplinado, com exceções é óbvio, sei que crio um oceano de antipatias para mim, mas se não tenho razão porque a existência de tantas Leis que poucos respeitam?

         Penso que a verdadeira fiscalização é aquela que cada indivíduo faz  a si próprio, pois se a atitude de cada um fosse sustentada na moral tudo seria diferente, mas melhor para o Brasil e todo o seu povo.

         Seria o ideal, mas como a corrupção está na pessoa humana, sei que levaremos muitos e muitos anos para atingirmos esse estágio ao qual tenho dedicado minha vida. Tenho consciência de que é extremamente difícil, mas jamais deixarei de tentar.

 

         ### Mais uma exposição-feira se aproxima e creio que se realizará debaixo do pó ou em cima do barro, pois a urbanização da Avenida Tito Prates só acontecerá quando eu for Prefeito. E como isso é quase impossível...

         Na edição passada escrevi extra-terrestres, errado. O certo é: extraterrestres. Desculpem.         

       

        

quarta-feira, 23 de julho de 2014

OS POLITICOS QUE A SOCIEDADE CRIA


 

 

            Mais uma eleição que se avizinha. A maioria dos candidatos já está com sua publicidade nas ruas. Mas o eleitor que tanto cobra político, sério, competente e honesto, está preparado ou se preparando para uma boa escolha? Eis a questão.

            A grande mídia comenta quase todos os dias que a sociedade está cansada dos maus políticos. Penso que não, pois se fosse verdadeira a afirmativa a cada eleição aumentaria a responsabilidade dos eleitos. O José Roberto Arruda, segundo foi noticiado, esteve preso, foi flagrado recebendo dinheiro mal havido, mas mesmo assim é o líder nas pesquisas para ser eleito governador do Distrito Federal. Será que são falsas as acusações contra ele? Quem lhe dá essa preferência? São os extraterrestres?

            Temos políticos ruins porque a maioria escolhe os ruins.

            Onde está a responsabilidade do eleitor?

            Um vereador ruim jamais será um deputado bom. Lembrem disso quando votarem. A carência de verdadeiros líderes é consequência do comportamento da sociedade que virou as costas para a convivência humana; que agride da mais variada forma o direito dos outros; que aposta no egoísmo e na individualidade para a completa realização dos seus objetivos e que se deixou dominar pelo consumismo.

            Cada candidato tem seu projeto pessoal e usa a coletividade para sua realização. Procura se servir da coletividade quando o ideal de todo líder é se doar para a comunidade. Quem precisa analisar tudo isso é o eleitor, pois ele tem a maior responsabilidade de uma boa escolha que sirva a todos e não somente a ele.

            Sempre recebo bem os candidatos e seus cabos eleitorais, mas nenhum escapa da seguinte pergunta: O (a) senhor (a) está aqui pelo meu ou pelo seu interesse? Porque nunca tive o prazer de receber sua visita noutra ocasião?

            Será que qualquer vereador de São Gabriel que nunca deu atenção ao desenvolvimento do Município modificará seu comportamento se eleito deputado? Duvido. A sociedade, representada pelos eleitores, cria péssimos políticos porque ela vende mandatos. Nem sempre a moeda de compra é dinheiro. Essa moeda pode ser uma carona, uma promessa de emprego, um jogo de camiseta para time de futebol, uma bola, uma promessa de bolsa de estudo, mas nunca um projeto para a cidade que beneficie a todos indistintamente.

            Conheço muito bem minha sociedade, pois fui candidato diversas vezes e em todas fiz poucos votos porque não corrompi ninguém e muito menos permiti que me corrompessem. Há poucos dias uma leitora deste espaço me perguntou, diante de certas críticas que fiz à Câmara Municipal, se não gostaria de ter sido vereador: Respondi logo. Óbvio que sim minha senhora caso contrário não teria me candidatado. Mas gostaria de ter sido o escolhido pelos eleitores e não eu escolhê-los. Fui recusado pelas minhas virtudes. Respeitei e respeito a decisão popular, mas sempre com a convicção de que para trabalhar pela minha cidade não preciso de mandato popular e muito menos de remuneração pública. Faço a parte que rende antipatias; a que rende simpatias e votos eu deixo para os vereadores. Esta eles gostam de fazer.

            Resumo: Não culpem os maus políticos antes de olhar para si próprio, pois eles são produtos dos maus eleitores e da omissão da sociedade. Maioria boa, bons políticos; maioria ruim, maus políticos.

            Vamos trabalhar pelo voto responsável e exercê-lo.

           

 

 

 

           

           

sexta-feira, 18 de julho de 2014

A CONTRIBUIÇÃO DA IMPRENSA


 

 

            Quando uso o termo imprensa naturalmente estou me referindo aos jornais, rádios e televisão, pois todos mesmo atingindo públicos diversos são formadores de opinião, ou melhor, fazem prevalecer sua opinião.

            Atualmente os veículos de comunicação se desviaram de sua finalidade principal que deve ser divulgar acontecimentos, fatos e se transformaram, através do poder de sua abrangência e influência junto ao povo, em fator respeitável nos resultados de qualquer pesquisa local ou nacional e no comportamento de massa.

            A imprensa ou mídia, como queiram, exige ética de todos, mas ela se outorga o direito de se excluir da exigência.

            Exige ética, mas quando a publicidade em torno de alguém destituído de qualquer ética lhe acena com dividendos presentes ou futuros não vacila em promovê-lo desde que com isso proteja seus interesses.

            A contribuição da imprensa nos tempos modernos, salvo rara exceção, é extremamente nociva, pois é irresponsável na criação de falsos reis, de falsos gênios, de falsos heróis e de falsas homenagens.

            O regime de exceção acabou com a Caldas Júnior porque era a imprensa séria do país. Exigiu apoio incondicional do Breno Caldas e qualquer imprensa responsável não pode se comprometer em apoiar quem quer que seja incondicionalmente.

            A grande imprensa atualmente tem um comportamento muito estranho quando publica matérias a respeito do atual governo, pois quando a notícia é ruim ou desgasta a administração federal as manchetes são espalhafatosas, mas quando lhe é favorável ela silencia ou passa ao largo.

            O maior exemplo do que afirmo é o pessimismo, é a desconfiança, é a torcida pelo caos que vem sendo implantados no povo brasileiro através dos noticiários diários. Não será isso uma vontade de influir no pleito que se avizinha?

            Outro exemplo gritante é a insistência da grande mídia em manter em evidência os supostos corruptos do PT e o silêncio a respeito dos supostos corruptos dos adversários daquele partido político. Será uma tática? Creio que muito mais do que uma tática é um propósito.

            Sou um político divulgador da verdade, mas procuro ser isento e justo. O ideal é ser contra todos os corruptos, mas a maioria é contra os corruptos dos outros e a favor dos seus. A maioria é contra a corrupção quando ela beneficia aos dos outros e não aos seus.

            Onde estão as notícias sobre o desenvolvimento da cidade de Rio Grande /RS? Da cidade de São José do Norte, também no RS? Do desenvolvimento da indústria naval?

            A grande imprensa fez o povo acreditar que o RS correu a Ford. Com que finalidade? Porque não publicar a versão verdadeira? Quais os beneficiados com tamanha mentira?

            Somos nós os responsáveis pela criação do PT, dos Lulas, das Dilmas, dos Roques, mas isso a imprensa não divulga, pois foi a arrogância da direita, a insensibilidade da direita, os privilégios distribuídos às minorias pela direita que nos colocaram no beco perigoso no qual vivemos.

            O atual prefeito não tem culpa de ocupar o lugar que ocupa, mas muitos dos culpados são os mesmos que alguns anos atrás queriam correr os petistas do município. Porque a imprensa não divulga isso? É a verdade nua e crua. Ou os queridos leitores acreditam que o PT ganharia a eleição em São Gabriel sem o substancial apoio da maioria da direita?

            Não preciso que concordem comigo, mas que analisem a matéria com frieza e isenção.

           

             

             

           

quarta-feira, 16 de julho de 2014

CUIDADO, A PONTE PODE CAIR.


 

 

            Um dos motivos é a data em que foi construída, acredito que na década de 60 na administração do médico Inocêncio da Cunha Gonçalves, e o tempo que está sem manutenção. Alguém me diz que a ponte sobre o Rio Vacacaí que liga o centro da cidade ao Bairro Bom Fim foi construída na administração do Engenheiro Alfredo Bento Pereira Filho. Bem, a ponte já existia, mas de madeira. O Prefeito Alfredo Bento Pereira Filho pode tê-la inaugurado, porém a sua construção deve ter sido na administração anterior.

         O motivo deste artigo, porém não é na administração de quem a ponte foi construída, pois os recursos ali utilizados foram do município e não de um ou do outro prefeito. A ponte pode cair pela falta de manutenção, mas principalmente por estar, atualmente, sendo desvio de caminhões com peso além da capacidade para a qual foi construída. Comentam, não estou fazendo uma afirmação até porque não tenho conhecimento profundo da situação.

         Enquanto não urbanizarem a Avenida Tito Prates não pretendo andar além da Avenida Presidente Vargas, pois considero falta de respeito para com a querida São Gabriel, afronta para o seu povo e desconsideração para com os que nos visitam ter o acesso ao nosso parque de exposições tão esculhambado como é. E faz tempo.

         Outro comentário, muito relevante, feito por quem mora nas adjacências da referida ponte é que muito caminhões, com qualquer irregularidade na carga, para não serem fiscalizados na balança da BR 290 (trevo saída/entrada para Bagé) acabam desviando da balança pela rota Bairro Bom Fim ou Morro do Sabiá, antigas entradas e saídas da cidade. Não sei se procedem tais comentários, mas seria bom que as autoridades se certificassem da veracidade dos comentários e tomasse providências.

         O alerta está dado.

 

         ### QUE VENHA PARA FICAR. O Restaurante Pai João localizado à Rua General Mallet, 644 – serve de segunda a sábado comida por quilo e aos domingos funciona a Churrascaria que faltava em São Gabriel. Até que enfim é possível fazer uma refeição, conversar com a família, com os amigos ou fazer novas amizades sem o antipático e inconveniente ruído de um aparelho de televisão ligado. Telefone para contato: (55) 9909.2997. Apareçam e verão quanta razão me assiste.

 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

E A HONESTIDADE?


 

 

            A grande mídia está cansativa e repetitiva quando semeia o pessimismo, a desesperança e a desconfiança em todos os ramos de atividade e ao mesmo tempo se intitula defensora da saúde, da educação e da segurança dos brasileiros.

         Semeando a desconfiança e trabalhando em prol do caos ela não se flagra de que provoca a doença, a descrença e produz prejuízos consideráveis ao Brasil e a seu povo. Mas o estranho nisso tudo é que a grande mídia não prega e não usa o seu poder de convencimento em prol da honestidade, pois é a desonestidade das pessoas que prejudica a educação, a saúde e a segurança.

         Todo o ser humano honesto tem saúde, educação e segurança, pois ele as conquista através do seu comportamento e do seu relacionamento com os demais, independente do nível social ao qual pertence.

         A sociedade é vítima da desonestidade da maioria, mas principalmente da dos formadores de opinião que normalmente omitem o lado podre dos seus patrocinadores e supervalorizam o mínimo que tem de bom.

         Existem pessoas, escolarizadas ou não, sadias ou não, seguras ou não que tiram proveito de tudo e de todos. Diploma nenhum garante a honestidade do portador, mas sim os conhecimentos técnicos que lhe possibilitam o exercício profissional e a devida cobrança pelos serviços executados.

         Existem pessoas que são desonestas consigo próprias. Como esperar que sejam HONESTAS com os demais?

         O Brasil precisa de uma campanha maciça em prol da HONESTIDADE, pois é a sua falta que provoca todo o tipo de degeneração.

 

         ### O prédio onde funcionava o Restaurante Panorama caminha célere rumo à depredação. Todos perdem com seu abandono. Tudo que começa mal termina mal e aquele prédio não foge à regra. Urge que a administração municipal lhe dê uma destinação caso contrário brevemente estará em ruínas.

        

        

        

        

          

        

quarta-feira, 9 de julho de 2014

A RENUNCIA E A APOSENTADORIA DO PRESIDENTE DO STF


 

 

            Estou longe, muito longe da Sodoma e Gomorra brasileira que se chama Brasília, mas penso que as mesmas forças que obrigaram o Presidente do STF, como relator da AP 470, a transformar um julgamento daquela Corte em um espetáculo midiático e circense para a condenação dos réus, a maioria do PT, obrigaram-no a renunciar à presidência para não ficar na obrigação de condenar tantos outros réus, tão criminosos quanto os já condenados, só que de outra linha ideológica. É uma hipótese.

            Renunciar à Presidência da mais alta Corte da Justiça brasileira é, deveras, intrigante, quase inexplicável e contraditório.

            Não posso crer que o Presidente do STF, por livre e espontânea vontade, na qualidade de Relator da AP 470 e conhecedor profundo da Lei tenha conduzido o julgamento dos réus da maneira como conduziu, sem ter sido pressionado por forças poderosas e ocultas que o escolheram como testa de ferro.

            O Relator da AP 470 e Presidente do STF sabe onde acertou e onde errou na condenação dos réus e sabe também que mais cedo ou mais tarde teria de se curvar às determinações da Lei na liberação dos presos para trabalharem fora da prisão.

            A renúncia da Presidência do STF é uma coisa, a aposentadoria é outra. O Ministro exerceu seus direitos, nada a contestar.

            O Jânio Quadros renunciou à Presidência da República e tornaram-no um vilão e o JB renunciou à Presidência do STF e querem transformá-lo em herói.  

            O Ministro não é meu herói, ele simplesmente nada mais é do que um profissional que se acertou na sua escolha e na sua decisão ao julgar, nada mais fez do que cumprir com a liturgia do cargo e obedecer à determinação da Lei. Mas se errou propositadamente sua própria consciência o julgará, e ninguém mais.

            Dizem que é inteligente, não sei. Mas prepotente ele é, pois em determinados momentos se outorga o direito de ser superior à Lei, ou melhor, de ser a própria Lei.

            A renúncia à Presidência e a aposentadoria precoce não podem ser um indicativo de que o próprio não mais se julga digno do STF?

            Ameaças de morte? Não creio, pois os heróis se justificam quando morrem por uma causa. Além disso, o mundo moderno cria heróis e reis a todo o momento, independente de terem praticado atos que os recomendem para tanto. Saúde? É outra hipótese. Medo? Peso na consciência?

            Herói, para mim, é quem com um salário mínimo e sem casa própria sustenta a família, se sustenta e não rouba. O Ministro JB está se aposentando muito bem, independente do motivo que o levou a tomar essa decisão estranha e contraditória.

            A explicação? Ele a dará, amanhã ou depois, a que melhor servir aos seus interesses e à sua imagem, pois somente ele a tem. Falsa ou verdadeira, mas somente ele a tem.

 

            ### No Senado também dizem asneiras. A Senadora Ana Amélia quando se referia ao Leonel Brizola: “Meu sentimento para com ele é de gratidão, pois concluí meus estudos em Lagoa Vermelha graças a uma bolsa de estudos que me deu”. Só não explicou se foi o Brizola ou o povo gaúcho (através do governo) quando o dito era Governador. O contribuinte paga, mas os beneficiados nunca se lembram disso. E não só os analfabetos.

         

             

           

quarta-feira, 2 de julho de 2014

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS


 

 

            Está chegando ao fim o prazo para suas realizações conforme determina o calendário eleitoral. E o que se constata não é o agrupamento de partidos com o mesmo perfil ideológico, mas sim uma mistura de nomes que mais atende aos interesses das cúpulas e das minorias dominantes.

            Em todas as Convenções Partidárias imperam os discursos vazios, corriqueiros e sem nenhum indício de que este ou aquele candidato terá condições de realmente mudar o cenário de um Estado ou do País, pois efetivamente eles não falam para o povo, mas na realidade ele quer realizar sua vaidade pessoal.

            Todos falam contra a corrupção, mas todos têm na composição de suas chapas concorrentes corruptos ou defensores dos “seus” corruptos.

            A dificuldade de votar é muito grande devido às contradições existentes dentro de um mesmo Partido Político nas eleições estaduais e nacionais. Por exemplo: O Partido Progressista, ao qual sou filiado, diz na convenção estadual que é contra a corrupção, mas está coligado com o PSDB aqui e o apóia para a presidência da República, enquanto que o diretório nacional apóia o PT que em matéria de corrupção disputa a hegemonia com o mesmo PSDB. Este comportamento não é privilégio só do meu Partido, mas uso o PP como exemplo porque primeiro tenho de olhar para a minha casa e não para a dos outros, ainda que eles também pratiquem o mesmo erro.

            Em questões partidárias não cultivo o menor respeito pela senhora Ana Amélia Lemos, pois na qualidade de detentora de um mandato de Senadora do PP não se dignou respeitar as orientações do seu partido nas eleições municipais de Porto Alegre (2012), e por essa razão me considero liberado da fidelidade partidária. Sou livre atirador.

            O PT já administra o País há quase 12 anos e para não criar raízes que poderão trazer prejuízos em um futuro bem próximo o ideal seria a alternância. Mas com quem? Quando a maior credencial dos outros candidatos é ser neto de A ou B a coisa fica complicada. Além de netos nenhum merece confiança quando se dizem representantes das mudanças, pois um é defensor do modelo FHC (Aécio Neves) e o outro (Eduardo Campos) até o ano passado de 2013 era apoiador, de carteirinha, do PT.

            E o povo? Este que deveria ser o protagonista das mudanças não as quer porque uma grande parcela teria de abrir mão de privilégios e, além disso, não participa de coisa séria, pois a disciplina e a participação naquilo que beneficiam a coletividade são nulas. O perfil individualista e egoísta do brasileiro que quer tudo para si, salvo exceções, é o que dificulta a promoção de mudanças no país.

            E o que esperar dos eleitores? Absolutamente nada, pois a grande maioria vota nos mesmos políticos desqualificados de sempre, simplesmente para reclamar nos bares e nas esquinas da qualidade dos eleitos.

            A eleição se assemelha ao espelho, pois o eleitor escolhe o candidato no qual ele enxerga a própria imagem.

            As dificuldades de votar estão ligadas diretamente à falta de vontade dos partidos políticos em representar a maioria, mas sim de assumir o poder para beneficiar suas minorias e os seus financiadores.

            E sem um povo consciente, sério e forte jamais teremos políticos conscientes, sérios e fortes porque estes são produtos da vontade da maioria.