sexta-feira, 21 de março de 2014

O MUNDO NÃO MUDOU, PORÉM


 

 

            Quem mudou foi o homem independente de sua atividade, posição social, credo religioso ou político. Ao escrever este artigo desfilam pela minha mente, por exemplo, as figuras dos médicos, Dirceu Menna Barreto de Abreu, Inocêncio da Cunha Gonçalves, Miguel Vinhas Varella, Nero Meneghello e outros da turma mais velha e dos mais novos Eglon Meyer Corrêa e Bráulio Álvares que fizeram da medicina o seu sacerdócio, pois nunca colocaram o dinheiro acima do exercício profissional.

            Meus pais falavam muito no médico Juca, parece que Lisboa, mas este não tive o privilégio de conhecer, mas seu nome pode ser acrescido à primeira lista tais eram as citações a seu favor devidas ao seu humanismo.

            O avanço da ciência e da tecnologia foi extraordinário nas últimas décadas, mas trouxe consigo uma decadência moral exatamente na proporção inversa.

            Para os citados acima vencer a doença que atingia seus pacientes muitas vezes era muito mais importante do que o dinheiro recebido, assim também como para muitos advogados demonstrar seu saber jurídico era tão ou mais importante do que o dinheiro recebido de seus constituídos que nem sempre podiam lhes pagar seus serviços profissionais.

            O mundo é o mesmo, o que mudou para pior foi o comportamento do homem que desvaloriza o seu semelhante e supervaloriza o dinheiro ou a riqueza material.

            Temos bons médicos? Temos. Temos bons advogados? Temos, enfim temos bons profissionais em todos os setores de atividades, mas na sua grande maioria mais preocupados em acumular dinheiro do que mesmo prestar um serviço por excelência.

            Ser atendido na hora marcada é quase uma exceção e a emissão do devido recibo pelo pagamento efetuado é uma raridade ou então só com um ágio de trinta por cento (30%) a mais do valor da consulta. Tudo em nome do enriquecimento rápido e da sonegação de impostos que mina o desenvolvimento nacional.

            Do outro lado uma clientela omissa e submissa que embora pagando aceita o prejuízo da falta do recibo que lhe fará falta para deduzir na declaração do seu imposto de renda. Então brada contra a administração e a carga tributária.

            Todo aquele que paga um serviço a qualquer profissional e não recebe o devido recibo ou a respectiva nota fiscal precisa se conscientizar de que está transferindo o imposto de renda do prestador do serviço para si.

            O mundo é o mesmo e as mudanças que se constatam no dia a dia são sempre produto da ação do homem na sua sede insaciável de riqueza, de poder e de destruição dos valores espirituais, intelectuais, éticos e morais tão necessários à evolução e à fraternidade dos povos.

 

            ### Uma leitora, que se diz assídua, deste espaço me interpela para saber o porquê da minha indignação contra o estacionamento particular em via pública na frente do 6º BE. Respondo logo: Minha respeitada e querida leitora, desculpe, mas sua assiduidade é duvidosa, pois sou indignado com o desleixo da Avenida Tito Prates; com o não acabamento do ginásio poli – esportivo; com a mudança da data da emancipação política plena do município; com o número excessivo de vereadores e com o número reduzido de juízes; com o relaxamento dos cidadãos que não têm cuidado com o seu lixo; com as programações das redes de TV; com o descaso dos pais na educação dos filhos; com a miopia de nossos administradores e outras tantas que semanalmente abordo neste mesmo espaço desde 2008. Já era tempo de me conhecer, pois sou indignado com tudo que é ilegal e prejudicial à maioria.

            ### Enfim um local tranquilo para se fazer refeições SEM A IMPOSIÇÃO DE UMA TELEVISÃO LIGADA: Acolhedor, saudável, próprio para se colocar a conversa em dia. Restaurante Central à Rua General Mallet, 644-Nesta. Aconselho.

          

           

           

           

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