Não se faz com
leis, mas sim com sentimento e com atitude de todo e qualquer cidadão. O
assunto predominante em quase todas as rodas, por incrível que pareça, gira em
torno da corrupção pública e dos seus agentes como se fosse possível estes
existirem sem os irmãos gêmeos da iniciativa privada. Onde deságua o produto da
corrupção pública? Na formação de extraordinárias fortunas da iniciativa
privada. Ou não?
Há poucos dias
no meu escritório chegou um cidadão aparentemente acima de qualquer suspeita
deitando o verbo contra a corrupção que grassa no Brasil, exigindo
comportamento cívico de todos os outros, fazendo apologia da ética e da moral,
combatendo a burocracia, etc., com a firme convicção de que eu não o conhecia.
Após lhe dar atenção de mais ou menos trinta (30) minutos e tendo mais o que
fazer, perguntei: Porque o senhor não pratica tudo isso que exige que os outros
pratiquem? O senhor na qualidade de sonegador não tem o direito de me fazer
perder tempo e muito menos tentar me enganar com sua hipocrisia.
O homem se
ofendeu com minhas palavras e me desafiou a provar que ele era sonegador caso
contrário me processaria por danos morais. Calmamente lhe propus que
autorizássemos a Receita Federal fazer uma diligência nos nossos CPFs nos
últimos cinco (5) anos, ao que se negou imediatamente alegando que sou louco.
Mas a fúria acabou.
Desde novo
adotei uma prática: olhar para mim; cuidar da minha vida e não fazer ao outro o
que não gostaria que o outro me fizesse. Nunca fui atraído pela riqueza
material, talvez por isso nunca me deixei corromper, ainda que muitos
tentassem.
Não existe lei
que acabe com a corrupção e ela sempre existirá porque é um componente da
pessoa humana, haja vista que a maioria critica a corrupção dos outros, seja
pública ou privada, mas sempre justifica a sua ou a dos seus.
O Brasil é um
espanto, pois a maioria condena a corrupção, mas ela cresce cada vez mais. A
maioria condena a corrupção, mas prefere eleger os candidatos corruptos; a
maioria condena corrupção, mas preserva os corruptos da sua simpatia ou do seu
lado, enfim, a maioria condena a corrupção até o momento em que ela não lhe
trás algum tipo de vantagem. Todos se manifestam contra a corrupção, mas quem a produz?
### DIFÍCIL DE ENTENDER: O eterno
Presidente da Confederação Brasileira dos Municípios, senhor PAULO ZIUKOLSKI,
afirma todos os dias que a maioria dos quase 5.500 municípios brasileiros está à beira da falência. Mas o que se vê é o
contrário, pois as Prefeituras continuam admitindo CCs para acomodar
correligionários das coligações vitoriosas e candidatos á vereança que não
lograram êxito; gastos exagerados com publicidade e manutenção de veículos de
comunicação; repasses vultuosos para as Câmaras de vereadores; viagens desnecessárias,
etc. Contenção de despesas não está no dicionário dos Prefeitos. Dessa maneira
não sobra nada para investimentos. As exceções são raras, mas existem. Sai Prefeito e entra Prefeito e a
prática é a mesma, o desperdício. Os partidos políticos e a maioria dos
eleitores são os responsáveis por esse caos. Mas todos pagam a conta.
###
Às verdadeiras mulheres no ser, no
agir e no pensar, os cumprimentos do colunista.
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