O comportamento dos senhores vereadores, salvo alguma exceção, há muito tempo deixa muitas dúvidas a quem acompanha de perto as suas atividades. Favorecimentos, má gerência, postergação de julgamentos e tantas outras suspeitas de que aquela casa vai mal.
Quando certos titulares escolhidos livremente por relativa parcela de eleitores deixam de lado o argumento verbal, o melhor caminho para o convencimento, e partem para a agressão física é porque o clima esquenta e já não é possível guardar os segredos em uma redoma de vidro.
Há evidência de sérias irregularidades na administração do legislativo e forçosamente as mesmas têm, uma vez confirmadas, de serem levadas ao conhecimento do público em geral. Os cochichos aqui e acolá fazem mal a todos, mas a melhor maneira dos interessados saber da verdade é requererem à direção da Câmara informações do seu interesse.
É um direito constitucional e está expresso no Artigo 5º, XXXIII da Constituição Federal que diz: “todos têm direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
Quem exerce esse direito? Eu. Não tenho privilégios, pelo contrário, muitas vezes tenho de me valer do Ministério Público para que as autoridades constituídas respeitem meus direitos e forneçam as informações requeridas.
Respaldado nesse preceito constitucional requeri informações à Mesa Diretora da Câmara Municipal sobre a veracidade ou não da existência de irregularidades dentro do Legislativo. Recebi-as dentro dos prazos legais, examinei-as, pois sou profissional da área e realmente existem dúvidas, dúvidas, muitas dúvidas.
Tenho responsabilidades, e como foi formada uma Comissão Processante que ainda não terminou seu trabalho me reservo o direito de nada publicar. Além disso, segundo noticiado na imprensa, parece que foi instaurado inquérito policial para averiguar os últimos acontecimentos.
O que não se sabe é o que tem enterrado na Câmara de Vereadores. Um sapo ou um dinossauro? É imperioso, e obrigação da Mesa Diretora, levar ao conhecimento da coletividade também o que existe de podre debaixo do tapete e não só notícia plantada que satisfaz o ego dos senhores vereadores, pois afinal de contas é ela que sustenta todos os Poderes.
Aguardem, voltarei ao assunto tão logo as dúvidas sejam esclarecidas.
### E as casas construídas no pátio da Escola Municipal Homero M. B. Prates da Silva? Vai ficar o dito pelo não dito? E os Senhores Vereadores onde ficam? Serão coniventes? Por que o silêncio? O povo quer respostas.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
(Publicado no Jornal Correio Gabrielense em 19.11.2010)
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
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