Quem de sã consciência imaginaria que os professores, em determinadas circunstâncias, seriam reféns em suas próprias salas de aula? Infelizmente é o que acontece como consequência do esfacelamento familiar e a conseqüente desassistência na formação moral dos adolescentes.
Interpretem bem o que escrevo, pois não estou condenando os adolescentes, mas sim os responsáveis pela sua educação.
O professor é o agente da escolaridade, da instrução, é a pessoa encarregada de transmitir ensinamentos para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do intelecto dos alunos e com a colaboração indispensável da família prepará-los para sua realização pessoal futura.
Lamentavelmente não é o que se assiste hoje. A harmonia que deveria existir entre a família e a escola, com a primeira apoiando a segunda, se transformou em um confronto que poderá, em um futuro bem próximo, abalar os alicerces da nação. A selvageria existente nas escolas que é noticiada todos os dias atinge toda a coletividade e não somente os protagonistas do conflito.
A escola é o lugar onde se buscava a instrução “que é dote que não se gasta, direito que não se perde, liberdade que não se limita” e agregada à educação trazida do ambiente familiar produzia o homem responsável pelo desenvolvimento nas diversas áreas de atividades humanas. A escola transmitia auto-estima, confiança e o orgulho do saber.
Minha mãe foi professora vocacionada e seguindo seu exemplo minhas duas irmãs também o foram. Sou testemunha do orgulho de todas as três quando encontravam um ex-aluno, homem ou mulher, já encaminhado na vida e que lhes agradecia os ensinamentos recebidos. Felizmente já não estão entre nós para chorarem a degradação da sua escola, hoje freqüentada por marginais de todas as classes sociais e se não o são se comportam como tal.
O homem é produto da família e não da escola e aquele que freqüenta esta apresenta as variáveis comportamentais que recebe naquela.
Professores, não se abatam ante as dificuldades que se lhes apresentam no momento, pois os verdadeiros com pouca voz e vez lhes são solidários nessa luta árdua, desigual e desumana. Salários miseráveis, condições de trabalho precárias, agressões de alunos e pais enquanto nossos vereadores que nada fazem ante os ultrajes que sofrem os professores se regateiam com banquetes e constroem sedes suntuosas com os recursos públicos que deveriam ser canalizados para a instrução. Pobre Brasil.
Sem nada para festejar no teu dia, caro professor, receba pelo menos o reconhecimento de um filho de professora. Obrigado por tudo que fazem para os filhos daqueles que não conhecem seus próprios filhos e o pior, nada fazem para educá-los. Meu respeito.
## Parece que o Grande Prêmio Brasil de Fórmula Um será realizado na nossa cidade com a participação de pilotos são-gabrielenses. É para testar a perícia dos pilotos nas curvas da Rua João Manoel provocadas pelo ridículo estacionamento de carros particulares em via pública na frente do 6º Batalhão de Engenharia.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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