sexta-feira, 30 de outubro de 2009

UM VERDADEIRO PREFEITO

Faria uma administração totalmente técnica voltada para um projeto que contemplasse o município e não as pretensões políticas futuras do gerente de plantão. O segredo do sucesso em qualquer organização está na administração dos custos, mas isso é o que os gerentes políticos mais detestam, pois os torna antipáticos e solitários.
Um verdadeiro prefeito reduziria as secretarias em cinqüenta por cento (50%) porque algumas são desnecessárias ou confundem-se com outras quanto à finalidade;
Um verdadeiro prefeito extinguiria todas as diretorias existentes que só servem para remunerar, com rara exceção, quem já é remunerado;
Um verdadeiro prefeito reduziria os cargos de confiança (CCs) em noventa por cento (90%) porque é consabida a ineficácia da sua existência;
Um verdadeiro prefeito extinguiria a assessoria de imprensa, pois para divulgar as realizações existem os veículos de comunicação (jornal, rádio, televisão e outros);
Um verdadeiro prefeito incentivaria e premiaria os bons contribuintes e jamais estimularia a inadimplência com isenções de juros e ou multas aos maus pagadores;
Um verdadeiro prefeito valorizaria os funcionários de carreira, pois são eles os responsáveis pela boa movimentação da máquina administrativa e trabalham pelos interesses dos contribuintes enquanto a enxurrada de cargos de confiança trabalha pelos interesses políticos do gerentão e dos partidos que o elegeram;
Um verdadeiro prefeito convocaria os meios de comunicação para esclarecer o povo de que é o contribuinte quem tudo paga e ao destruir obras públicas mais caro pagará pelas mesmas;
Um verdadeiro prefeito respeitaria o artigo 37 da Constituição Federal que diz: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade”.
Um verdadeiro prefeito provaria que eliminando custos desnecessários a cada ano conseguiria recursos, dentro do mesmo orçamento, da monta de três a cinco milhões de reais (R$ 3 a 5.000.000,00) que seriam investidos na saúde e na instrução do povo são-gabrielense.
Um prefeito desse perfil é óbvio que o partido não quer; o povo não quer, mas que é fácil fazer, disso não tenha dúvida, desde que se tenha vontade para tanto. A tal vontade é que não existe.
## A EUDÓXIA CHAGAS e uma auxiliar assessoraram por muitos anos a Câmara Municipal que era composta de treze (13) vereadores, não existia computador, os vereadores trabalhavam e nunca houve qualquer reclamação quanto à eficiência daquelas dedicadas funcionárias. De gorjeta havia uma servidora de cafezinho. E hoje, para assessorar dez (10) vereadores quantos são? 80, 100, 120, 200. Sei lá. E quem sabe? Acredito que nem Deus.
## Apesar de velho o cantor Roberto Carlos está disposto a retornar ao Município para gravar: “As curvas da Rua João Manoel” porque “As da Estrada de Santos” foram superadas pelas nossas.
## Quando marido e mulher se tratam de pai e mãe os filhos do casal devem chamá-los de vovô e vovó?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O DESVIRTUAMENTO DO FGTS

O Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço foi instituído pela Lei 5.107 de 13 de setembro de 1966 com a finalidade de substituir a estabilidade no emprego que só era conseguida após dez (10) anos de trabalho na mesma empresa e a indenização de um mês de salário por ano trabalhado quando da dispensa sem justa causa. Naturalmente que poucos atingiam a estabilidade, pois antes desta eram dispensados sem justa causa.
O Fundo de Garantia deu maior segurança ao trabalhador obrigando a cada mês de trabalho o empregador depositar oito por cento (8%) do salário contratual em uma conta no nome do empregado na Caixa Econômica Federal. Despedido sem justa causa ou a pedido, o que lhe foi depositado está garantido. O empregador autoriza o saque somente quando despede o empregado sem justa causa. Até certo tempo foi assim.
A planície é pródiga em falcatruas e sempre cria uma maneira de burlar a Lei. Muitos empregados quando pedem demissão simulam uma dispensa sem justa causa, com o consentimento do patrão, a fim de sacar o FGTS. E assim fazem sucessivamente e o que deveria ser uma poupança para a velhice ou para coisas importantes se transformou em tapa buracos do orçamento sem resolver situação nenhuma definitivamente.
Os próprios legisladores querem liberar o uso do FGTS para aquisição de consórcios induzindo os trabalhadores a erros irreparáveis. É comum empregado reclamar que ficou velho e sem depósitos a sacar do FGTS, todavia esquece que isso acontece na maioria das vezes pela sua irresponsabilidade e a dos patrões desavisados que pensando fazer o bem causam prejuízos ao trabalhador ao inverter, para fins de saque, a iniciativa da rescisão do contrato de trabalho. É bom alertar.
## Car./Gab/Par/CR nº. 875/9 Porto Alegre, 29 de setembro de 2009.
Prezado (a) Líder: Ao cumprimentá-lo (a) cordialmente, venho como Deputada Estadual, informar que está inclusa na Proposta Orçamentária de 2010, o trecho a ser pavimentado, de interesse desse município, conforme demonstra cópia de documento anexo, enviado pela Secretaria de Infra-estrutura e Logística – Trecho ERS – 630 São Gabriel – Dom Pedrito. Trabalhei junto ao Governo do Estado para que esse acesso asfáltico constasse na proposta orçamentária de 2010 e, juntamente com essa comunidade estarei empenhada para a execução efetiva dessa obra. Sempre atenta às demandas da Região, coloco mais uma vez o Gabinete Parlamentar à disposição. Um grande abraço. SILVANA COVATTI – Deputada Estadual – PP/RS.
Deputada, obrigado. É bom saber que o partido se interessa pelo desenvolvimento da nossa região. Diante da insignificância como líder é a divulgação que posso fazer da iniciativa.
## “O ódio, as infâmias, a calúnia NÃO ABATERAM meu ânimo”. Esta frase é atribuída ao Getulio Vargas. Das duas uma: Não foi ele que escreveu ou ele não se matou. Ela não traduz o espírito de um suicida.
## São Gabriel, uma população prejudicada no trânsito por privilégios retrógrados concedidos a meia dúzia de cidadãos. E a Constituição diz que todos são iguais perante a Lei. Como acreditar?
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

PROFESSORES

Quem de sã consciência imaginaria que os professores, em determinadas circunstâncias, seriam reféns em suas próprias salas de aula? Infelizmente é o que acontece como consequência do esfacelamento familiar e a conseqüente desassistência na formação moral dos adolescentes.
Interpretem bem o que escrevo, pois não estou condenando os adolescentes, mas sim os responsáveis pela sua educação.
O professor é o agente da escolaridade, da instrução, é a pessoa encarregada de transmitir ensinamentos para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do intelecto dos alunos e com a colaboração indispensável da família prepará-los para sua realização pessoal futura.
Lamentavelmente não é o que se assiste hoje. A harmonia que deveria existir entre a família e a escola, com a primeira apoiando a segunda, se transformou em um confronto que poderá, em um futuro bem próximo, abalar os alicerces da nação. A selvageria existente nas escolas que é noticiada todos os dias atinge toda a coletividade e não somente os protagonistas do conflito.
A escola é o lugar onde se buscava a instrução “que é dote que não se gasta, direito que não se perde, liberdade que não se limita” e agregada à educação trazida do ambiente familiar produzia o homem responsável pelo desenvolvimento nas diversas áreas de atividades humanas. A escola transmitia auto-estima, confiança e o orgulho do saber.
Minha mãe foi professora vocacionada e seguindo seu exemplo minhas duas irmãs também o foram. Sou testemunha do orgulho de todas as três quando encontravam um ex-aluno, homem ou mulher, já encaminhado na vida e que lhes agradecia os ensinamentos recebidos. Felizmente já não estão entre nós para chorarem a degradação da sua escola, hoje freqüentada por marginais de todas as classes sociais e se não o são se comportam como tal.
O homem é produto da família e não da escola e aquele que freqüenta esta apresenta as variáveis comportamentais que recebe naquela.
Professores, não se abatam ante as dificuldades que se lhes apresentam no momento, pois os verdadeiros com pouca voz e vez lhes são solidários nessa luta árdua, desigual e desumana. Salários miseráveis, condições de trabalho precárias, agressões de alunos e pais enquanto nossos vereadores que nada fazem ante os ultrajes que sofrem os professores se regateiam com banquetes e constroem sedes suntuosas com os recursos públicos que deveriam ser canalizados para a instrução. Pobre Brasil.
Sem nada para festejar no teu dia, caro professor, receba pelo menos o reconhecimento de um filho de professora. Obrigado por tudo que fazem para os filhos daqueles que não conhecem seus próprios filhos e o pior, nada fazem para educá-los. Meu respeito.
## Parece que o Grande Prêmio Brasil de Fórmula Um será realizado na nossa cidade com a participação de pilotos são-gabrielenses. É para testar a perícia dos pilotos nas curvas da Rua João Manoel provocadas pelo ridículo estacionamento de carros particulares em via pública na frente do 6º Batalhão de Engenharia.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

OS CULPADOS ESTÃO NA BASE

Cada vez que comprovo de que estou certo minh’alma é invadida de profunda tristeza e aumenta a crença de que algo precisa ser feito logo para se evitar uma tragédia maior.
A adulação, a subserviência, o deslumbramento e as festas que certos segmentos fizeram na oportunidade da visita de certos detentores de mandato ao nosso município na última semana farroupilha são testemunhas incontestáveis de que a corrupção, o mau uso do dinheiro público e a irresponsabilidade administrativa têm o aval e a simpatia de expressiva maioria das comunidades. O que aconteceu aqui deve ter acontecido em outros municípios. A imprensa que cobriu determinados eventos nada publicou a respeito de cobranças quanto ao escândalo do Detran; ao escândalo das passagens aéreas dos deputados federais e senadores, o aumento de salários e vantagens, os gastos com os escritórios políticos sustentados com o nosso dinheiro e outros tantos escândalos que abalam o País. É triste dizer que o Sérgio Moraes, de Santa Cruz do Sul, tem razão quando diz que se lixa à opinião pública, pois a maioria já o elegeu, elegeu a mulher, elegeu o filho e continuará elegendo mesmo sabendo quem eles são. É a mais cristalina verdade. E tem os aproveitadores de ocasião que posam ao seu lado como se deuses fossem. Onde está a imprensa que cobre esses convescotes e que cobra tanto dos políticos de Brasília? Não sabe ela que os políticos de Brasília representam todos os estados da federação? Quando estão lá são criticados, mas quando chegam aqui são paparicados até o orgasmo. É mais do que triste, é nojento.
Os eleitores têm de se dar conta de que tudo o que eles fazem é por interesse próprio ou de grupinhos seletos. Vejamos: Quantas vezes o João Luiz Vargas visitou os moradores de São Gabriel depois que foi para o Tribunal de Contas/RS e não precisou mais dos seus votos? E o Adilson Motta? E o Lélio Souza? E o João Augusto Nardes? E o Erico Pegoraro? E o Chiarelli? E tantos outros? É que já não precisam mais de nós. Por que não aparecem para comer um churrasco? Para visitar amigos?Não há mais interesse deles. Essa é a verdade.
Quem lhes escreve é um político que já foi candidato, e que poderá voltar a sê-lo, mas que nunca invadiu lares em época de campanha e se alguma visita fez foi a convite. Jamais pediu voto ou apoio, pois voto e apoio se recebe e nunca se pede. Não sei quem votou em mim, porém tenho uma conduta permanente que me mantém digno desse apoio porque os eleitores antes de votarem em um político/candidato têm a certeza de que votaram no HOMEM/CIDADÃO.
As exceções existem, todavia são raras.
Analisem o que está escrito e verão quanta razão me assiste.
## Não se sabe ao certo, mas parece que tem mais cargo de confiança na Prefeitura do que japoneses mortos pela bomba de Hiroshima. Cuidado, para igualar alguém pode atirar uma no palácio Plácido de Castro.
## Do Breno Caldas, dono do Correio do Povo, quando convidado por 6 ou 7 generais a dar sua opinião a respeito do vice-governador Amaral de Souza para ser o próximo governador: “Eu não tenho opinião. Não tenho dele um conhecimento que me autorize a ter uma opinião formada a seu respeito. Quando muito posso ter uma impressão... e que não é favorável!” Os generais se surpreenderam . “Mas qual é a sua impressão? Nós gostaríamos de saber”. Então eu disse: “O Amaralzinho está abaixo do nível necessário... falta-lhe pelo menos um palmo e meio! Em todos os sentidos! Físico, pessoal e moral...” (Do livro: Meio Século do Correio do Povo). Nomearam o Amaralzinho governador e quebraram a imprensa independente do Breno Caldas. Será que não foi de propósito? A indicação do Toffoli me fez lembrar esse episódio. No poder, todos são iguais.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.