sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

VOTAR NOS MESMOS?



            É a pergunta que muitos eleitores já estão fazendo quando falta menos de um ano para as eleições municipais. Alguns que já votaram no Baltazar, outros que já votaram no Rossano, outros que já votaram no Roque Montagner e outros que já votaram nos dois primeiros ou em todos os três afirmam que gostariam de votar em gente nova ou em candidatos que não tenham habitado o Palácio Plácido de Castro. Quando me perguntam se isso será possível, logo respondo que é quase impossível. Por quê? Porque não temos Partidos Políticos autônomos e responsáveis, mas sim um agrupamento de muitas pessoas alienadas e omissas que se chamam afiliados ou filiados, como queiram chamá-lo, que se sujeita aos interesses de um ou dois nomes dos seus respectivos agrupamentos e não com a comunidade em geral.
            Mas como votar em candidatos diferentes se algumas convenções partidárias apresentam e aprovam os mesmos nomes? Ou vocês acreditam que a convenção do PDT não apresentará o Rossano? Ou vocês acreditam que o partido do Baltazar, que muitos não sabem qual é, apresentará outro nome que não o dele? Ou vocês acreditam que o PT apresentará outro nome que não o do atual prefeito? Este compreensível pelo instrumento da reeleição.
            E o PP? Não foge á regra. Em 2008 tentei ser candidato, mas fui derrotado pela mesmice.
            A dificuldade em aparecer lideranças novas é porque vivemos sob a ditadura das convenções partidárias que são manipuladas pela maioria dos seus convencionais e conduzidas para atender os interesses de pessoas predeterminadas.
            Mas não é somente a ditadura dos Partidos Políticos a responsável pela mesmice. A principal delas é o eleitor, pois quando se apresenta nome novo este é literalmente recusado, senão vejamos: O Eduardo Petrarca Léo, o Nicanor Cristoch, o Carlos Dácio Assis Brasil, o Alcir Lannes, o Paulo Fernando Forgiarini, o Renato Figueira, o Inocêncio Gonçalves e outros foram candidatos, mas a maioria do eleitorado preferiu a mesmice. É uma das razões porque não acredito nas reclamações que me são apresentadas, pois a maioria escolheu os mesmos porque quis.
            Outro fato a considerar é a qualidade do candidato apontada pelo eleitorado, o que veremos a seguir: No ano de 2012, o período de maio a novembro dediquei a cuidar da minha saúde, o que acabou em uma operação no coração e por essa razão não participei, como gostaria, da campanha política. Mas ouvi: o Inocêncio Gonçalves é o melhor candidato a Prefeito. Votas nele? Não, já tenho compromisso. Essa cretinice não pode ocorrer em eleição. É melhor? É. Então tem de ser o escolhido. Conheço muito bem meu povo e também o eleitorado.
            A mesma coisa já aconteceu comigo: Fui o melhor candidato a vereador nas eleições em que coloquei meu nome a disposição, mas obtive setenta votos. O pior? Ah, o pior fez mil e poucos.
            O melhor exemplo do que afirmo é a eleição do Jardel. Não é ele o único responsável; o Partido que lhe deu legenda e os eleitores que o consagraram nas urnas são os primeiros. 
            Existe o eleitor que despreza os estudiosos para votar no jogador de futebol, no pastor da sua igreja, no apresentador de televisão, no seu palhaço preferido e dessa maneira anarquiza com a política que é uma bela ciência que não se exerce sozinha.
            Não espero que concordem comigo, pois as pessoas se justificam transferindo as responsabilidades dos seus fracassos a Deus, ao diabo, ao mar, ao céu, ao vizinho, ao cachorro do vizinho, ao papagaio do vizinho, ao presidente do clube, mas jamais admitem os seus equívocos.
            O espaço é pequeno, mas espero que absorvam seu conteúdo.

            ### Dagoberto Focaccia, o teu ligeirinho é muito mais ágil do que o meu e faz mais enredo do que muçum quando é pego em linha. Só nós percebemos, por isso sobrevive.
      
           
           


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