As
comunidades normalmente elegem um prefeito para resolver os problemas comuns
que afetam as maiorias. Tal não acontece na cidade de São Gabriel, pois o
prefeito para privilegiar uma minoria de 200 ou 300 pessoas, ou seja, a
corporação do 6º BECmbte, anarquizou o trânsito na região onde está instalada
aquela unidade.
Posso
afirmar, sem medo de errar, que o prefeito ao fazer concessões arbitrárias,
estúpidas, arrogantes e descabidas a uma insignificante minoria, desrespeita o
mandato que legitimamente recebeu das urnas.
Além
de debochar do diploma recebido, desmoraliza o Poder Legislativo e tal qual um
déspota da antiguidade se outorga poderes não previstos nas Constituições
Federal, Estadual e Municipal.
É
de se supor que o Prefeito ainda se considere militar, apesar de uma
aposentadoria precoce, assim como a de todos os militares, e nessa qualidade
usa do mandato para retribuir gentilezas recebidas do exercito.
De
outro lado um Poder Legislativo que se omite porque, se supõe, a todo o momento
algum dos seus componentes recebe medalhas em homenagem de mérito discutível ou
inexistente.
O
Ministério Público que deveria ser a guarida do cidadão não se manifesta e a
sociedade, ou algum de seus membros que luta pela obediência às leis, fica
desamparada (o).
Não
conheço, não tenho interesse nenhum em conhecer, e nem sei de onde veio o
comandante do 6º. BE, mas pelas extravagâncias que exige do vacilante Prefeito
na obtenção de privilégios, parece desconhecer as verdadeiras finalidades do
exército e ser possuidor de pouca sensibilidade. O ideal seria servir a
comunidade e não se servir da mesma.
A
anarquia implantada no trânsito, pelo Senhor Prefeito, nas cercanias daquela
unidade militar, retira do exército a obrigação de efetuar a segurança nacional
e lhe dá nova competência que é a de provocar a insegurança da população que transita por aquelas bandas.
Invertem-se os
papéis: em vez do quartel oferecer segurança à população é a população que, por
arbítrio do Prefeito e, se supõe, de acordo com o comandante daquela unidade
militar, obrigam a sociedade a dar segurança ao quartel.
Nada
tenho contra um ou outro, mas cumpro com meu dever de cidadão e de jornalista
ao divulgar desmandos de quem deveria primar pelo respeito às leis e às
comunidades que comandam.
E
depois reclamam da violência que assola o País. Mas se as ditas autoridades
agridem uma comunidade inteira através da arrogância, o que esperar dos
desequilibrados e marginais?
E
para que o Poder Legislativo é composto de quinze (15) vereadores se nenhum
enxerga tamanho disparate? Ou nenhum conhece a manifestação do Conselho
Municipal de Trânsito a respeito do assunto? Ou nenhum sabe que o Poder
Executivo não pode ceder bem público sem a manifestação do Legislativo?
Não
é o povo que atrapalha o 6º BE, mas é o 6º. BE que, por cuidados exagerados de
proteção, atrapalha o povo que circula ordeiramente nas suas adjacências.
Em
tempo de paz e em uma cidade de população pacata, operosa e civilizada como a de
São Gabriel não há necessidade de tanto aparato.
É
de se lamentar que homens que ocupam postos tão elevados pensem tão pequeno.
Não
interpretem estas palavras como um desacato, mas sim como a sagrada expressão
do direito de discordar das autoridades que em um abuso de poder prejudicam a
maioria.
Até
enquanto a censura não me cortar, novamente.
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