sexta-feira, 3 de julho de 2015

QUANDO AS AUTORIDADES ATRAPALHAM



            As comunidades normalmente elegem um prefeito para resolver os problemas comuns que afetam as maiorias. Tal não acontece na cidade de São Gabriel, pois o prefeito para privilegiar uma minoria de 200 ou 300 pessoas, ou seja, a corporação do 6º BECmbte, anarquizou o trânsito na região onde está instalada aquela unidade.
            Posso afirmar, sem medo de errar, que o prefeito ao fazer concessões arbitrárias, estúpidas, arrogantes e descabidas a uma insignificante minoria, desrespeita o mandato que legitimamente recebeu das urnas.
            Além de debochar do diploma recebido, desmoraliza o Poder Legislativo e tal qual um déspota da antiguidade se outorga poderes não previstos nas Constituições Federal, Estadual e Municipal.
            É de se supor que o Prefeito ainda se considere militar, apesar de uma aposentadoria precoce, assim como a de todos os militares, e nessa qualidade usa do mandato para retribuir gentilezas recebidas do exercito.
            De outro lado um Poder Legislativo que se omite porque, se supõe, a todo o momento algum dos seus componentes recebe medalhas em homenagem de mérito discutível ou inexistente.
            O Ministério Público que deveria ser a guarida do cidadão não se manifesta e a sociedade, ou algum de seus membros que luta pela obediência às leis, fica desamparada (o).
            Não conheço, não tenho interesse nenhum em conhecer, e nem sei de onde veio o comandante do 6º. BE, mas pelas extravagâncias que exige do vacilante Prefeito na obtenção de privilégios, parece desconhecer as verdadeiras finalidades do exército e ser possuidor de pouca sensibilidade. O ideal seria servir a comunidade e não se servir da mesma.
            A anarquia implantada no trânsito, pelo Senhor Prefeito, nas cercanias daquela unidade militar, retira do exército a obrigação de efetuar a segurança nacional e lhe dá nova competência que é a de provocar a insegurança da população que transita por aquelas bandas.
            Invertem-se os papéis: em vez do quartel oferecer segurança à população é a população que, por arbítrio do Prefeito e, se supõe, de acordo com o comandante daquela unidade militar, obrigam a sociedade a dar segurança ao quartel.
            Nada tenho contra um ou outro, mas cumpro com meu dever de cidadão e de jornalista ao divulgar desmandos de quem deveria primar pelo respeito às leis e às comunidades que comandam.
            E depois reclamam da violência que assola o País. Mas se as ditas autoridades agridem uma comunidade inteira através da arrogância, o que esperar dos desequilibrados e marginais?
            E para que o Poder Legislativo é composto de quinze (15) vereadores se nenhum enxerga tamanho disparate? Ou nenhum conhece a manifestação do Conselho Municipal de Trânsito a respeito do assunto? Ou nenhum sabe que o Poder Executivo não pode ceder bem público sem a manifestação do Legislativo?
            Não é o povo que atrapalha o 6º BE, mas é o 6º. BE que, por cuidados exagerados de proteção, atrapalha o povo que circula ordeiramente nas suas adjacências.
            Em tempo de paz e em uma cidade de população pacata, operosa e civilizada como a de São Gabriel não há necessidade de tanto aparato.
            É de se lamentar que homens que ocupam postos tão elevados pensem tão pequeno.
            Não interpretem estas palavras como um desacato, mas sim como a sagrada expressão do direito de discordar das autoridades que em um abuso de poder prejudicam a maioria.
            Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
           
           

            

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