Enquanto
a imprensa monopolizar o pensamento da maioria não mudaremos esse brutal quadro
de inversão de valores. Quando era assinante do Jornal do Comércio mandei para
o espaço destinado à opinião dos leitores, o seguinte comentário: Porque
ninguém, na atual miséria de valores humanos, lembra do senhor Breno Caldas
reconhecidamente o patrono da imprensa independente deste País? Será que é
devido ao fato de ter sido um empresário/cidadão correto? Entendo que este
homem é o verdadeiro merecedor de um memorial tal a sua exemplar existência. Ou
o esquecimento é o prêmio dos bons? Apesar de tê-la escrito na data de l5
de abril de 2014, nunca foi publicada naquele periódico.
Assustou
a indiferença do Rio Grande do Sul quando da morte do senhor Paulo
Brossard de Souza Pinto, homem de renomado saber e que muito bem
representou o Estado no exercício dos mandatos eletivos que recebeu, inclusive
de Senador da República. Particularmente não gostava do mesmo, mas o fato de
não gostar dele não me dá o direito de negar suas qualidades e de não
reconhecer o brilho de sua atuação na representação política do RS.
Costumo
dizer que depois do doutor Brossard o Rio Grande do Sul nunca mais teve um
Senador que o engrandecesse e que o fizesse respeitado no cenário nacional.
O
que está havendo com nosso Estado?
As
estátuas e os memoriais são reservados aos medíocres, aproveitadores ou àqueles
que satisfazem os caprichos de uma imprensa não menos medíocre? Ou mal
intencionada? Ou arrogante de tal forma que quer ditar comportamentos
coletivos?
Sei
lá, mas está na hora de pensar melhor no nosso Estado.
E
o Governador Sartori? Quando vai assumir a administração do RS? Administrar o
RS não é só aumentar salários da cúpula administrativa e do parlamento;
administrar o Rio Grande não é só nomear cargos de confiança cuja finalidade é
tão somente aumentar sua base de apoio na Assembléia Legislativa seguindo o que
tantos outros já fizeram; administrar o RS não é só arrumar um bom salário para
a mulher; enfim, administrar o RS não é para quem toma medidas benéficas para a
minoria e catastróficas para a maioria.
Faz
mais de trinta (30) anos que o RS está ingovernável, mas o Sartori não sabia.
O
Sartori, segundo suas manifestações na campanha, desqualificou as
administrações anteriores, mas agora surpreende, pois faz uma junção dos
seguidores da Yeda e do Tarso Genro em torno de si, o que dificilmente dará
certo.
O
pior do Sartori é a contradição entre o discurso e a prática, pois afirma que
não tem dinheiro, mas faz nomeações totalmente desnecessárias ao funcionamento
da máquina administrativa. Mas quando muitos perdem alguém ganha.
Os
veículos de comunicação devem ter levado uma boa fatia, pois de uma hora para
outra, em um passe de mágica, se acabaram os problemas com a educação, com a
saúde e com a segurança no RS. Em igual cenário se o governador fosse o outro,
certamente já teríamos vozes se levantando em favor do impedimento do mesmo.
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