“Os
mesmos” se pensam os únicos inteligentes e com credibilidade para exercer, “ad
eternum”, o comando das instituições, mas não se dão conta de que com esse
pensamento agridem o resto da classe, pois o taxam de incompetente e sem
crédito. Do alto da sua excepcionalidade
proclamam: “Eu sou o único, logo os outros não existem exceto para me
servirem”. Quanta pretensão. A omissão e a submissão da maioria são as
responsáveis pela criação dessas anomalias.
A
alternância no poder é a melhor receita contra a criação de vícios e da
famigerada corrupção que parece já fazer parte do nosso dia a dia.
É
natural e compreensível que quem faz parte “dos mesmos” não concorde quando
alguém se atreve a criticar esse comportamento que, na sua opinião, é
extraordinariamente nocivo à boa gestão.
O
contraditório “nos mesmos” é que eles justificam sua permanência onde estão,
mas criticam a permanência de outros à frente de outras organizações. Ou então
não lêem o que assinam.
A
permanência das mesmas pessoas por longos anos à frente de uma mesma
organização dá o direito a qualquer um cidadão de pensar que elas defendem seus
interesses particulares ou de grupos em detrimento dos interesses da grande
maioria.
Depois
que o FHC patrocinou o escândalo da compra da reeleição em pleno desempenho do
mandato virou moda a reforma de diplomas legais visando beneficiar os
dirigentes de plantão. Felizmente o FHC foi modesto, pois comprou só um novo
mandato. Já imaginaram se ele compra o direito de várias reeleições?
A
pluralidade de opinião deve ser respeitada, principalmente por um jornalista
que prima por opinar sobre situações que não foram criadas pelo mesmo.
A
Venezuela tem o Hugo Chavez; Cuba tem o Fidel Castro; A Síria tem o al-Assad
todos criticados por gente que no Brasil impõe suas políticas nas instituições
que administram. Pode isso?
O
Brasil já teve oito (8) anos de Luiz Inácio, poderá ter oito (8) de Dilma
Rousseff e mais quatro (4) ou oito (8) com o primeiro. Os defensores “dos
mesmos” aplaudirão em nome da competência e da maioria? Os do seu lado sim, mas
“os mesmos” do outro lado chorarão qual bebê com vontade de mamar. Quem defende
e justifica a própria permanência por longos anos à frente de uma mesma
organização está obrigado a aceitar a dos outros.
Ratifico
meu ponto de vista: “a permanência “dos
mesmos” por longos períodos à frente de qualquer instituição é nociva ao seu
desenvolvimento”. O meu lado ficou por longos vinte e cinco (25) anos no
comando absoluto deste Brasil, mas hoje está pagando um preço muito alto por
esse erro. Culpados? Não são os que se aproveitam do poder, mas sim a maioria
que os mantém por vontade própria, por omissão, submissão ou conveniência.
Sou
jornalista, técnico em contabilidade, político e conheço como poucos o
funcionamento do mundo empresarial. Trabalhei em cooperativas, em empresas
particulares assistindo e combatendo a formação de grupinhos que usam as
instituições para promoção pessoal. Sobrevivi a tudo sem jamais me contaminar,
pois não corrompo e não admito ser corrompido. E nem pratico os atos que as
pessoas criticadas por mim praticam.
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