terça-feira, 30 de outubro de 2012

ULTIMO BEIJO


 

 

Faz tempo, não esqueço, ainda lembro

Quando a vez primeira beijei os lábios teus

Tinham a maciez e a doçura de uma pétala

Quando levemente se juntaram aos meus.

 

O tempo foi passando, eu te amando

embriagado por teu jeito angelical

Agora penso, as vésperas de perder-te

Que tu serias meu dilema crucial.

 

Vais partir, adeus, sejas feliz

Doce ilusão de meus olho sonhadores

Doce imagem de minha aurora boreal.

 

Fico com o mel do beijo que me deste

Quando algum dia depois te encontrei

Na última noite de um eterno carnaval.

 

Sim, a lua foi testemunha de nossa jura de amor.

Teus cabelos finos e sedosos, sob o clarão das estrelas, representavam

os últimos fios de esperança que escapavam

das minhas mãos.

 

Tudo passou sob o luar prateado,

mas alguma coisa comigo guardei.

Nada mais foi do que a doçura cristalina

Do ÚLTIMO BEIJO que te dei.

Autor: Bereci da R. Macedo

 

 

 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

OS ESPECIAIS


 

 

            “Os mesmos” se pensam os únicos inteligentes e com credibilidade para exercer, “ad eternum”, o comando das instituições, mas não se dão conta de que com esse pensamento agridem o resto da classe, pois o taxam de incompetente e sem crédito.  Do alto da sua excepcionalidade proclamam: “Eu sou o único, logo os outros não existem exceto para me servirem”. Quanta pretensão. A omissão e a submissão da maioria são as responsáveis pela criação dessas anomalias.

            A alternância no poder é a melhor receita contra a criação de vícios e da famigerada corrupção que parece já fazer parte do nosso dia a dia.

            É natural e compreensível que quem faz parte “dos mesmos” não concorde quando alguém se atreve a criticar esse comportamento que, na sua opinião, é extraordinariamente nocivo à boa gestão.

            O contraditório “nos mesmos” é que eles justificam sua permanência onde estão, mas criticam a permanência de outros à frente de outras organizações. Ou então não lêem o que assinam.

            A permanência das mesmas pessoas por longos anos à frente de uma mesma organização dá o direito a qualquer um cidadão de pensar que elas defendem seus interesses particulares ou de grupos em detrimento dos interesses da grande maioria.

            Depois que o FHC patrocinou o escândalo da compra da reeleição em pleno desempenho do mandato virou moda a reforma de diplomas legais visando beneficiar os dirigentes de plantão. Felizmente o FHC foi modesto, pois comprou só um novo mandato. Já imaginaram se ele compra o direito de várias reeleições?

            A pluralidade de opinião deve ser respeitada, principalmente por um jornalista que prima por opinar sobre situações que não foram criadas pelo mesmo.

            A Venezuela tem o Hugo Chavez; Cuba tem o Fidel Castro; A Síria tem o al-Assad todos criticados por gente que no Brasil impõe suas políticas nas instituições que administram. Pode isso?

            O Brasil já teve oito (8) anos de Luiz Inácio, poderá ter oito (8) de Dilma Rousseff e mais quatro (4) ou oito (8) com o primeiro. Os defensores “dos mesmos” aplaudirão em nome da competência e da maioria? Os do seu lado sim, mas “os mesmos” do outro lado chorarão qual bebê com vontade de mamar. Quem defende e justifica a própria permanência por longos anos à frente de uma mesma organização está obrigado a aceitar a dos outros.

            Ratifico meu ponto de vista: “a permanência “dos mesmos” por longos períodos à frente de qualquer instituição é nociva ao seu desenvolvimento”. O meu lado ficou por longos vinte e cinco (25) anos no comando absoluto deste Brasil, mas hoje está pagando um preço muito alto por esse erro. Culpados? Não são os que se aproveitam do poder, mas sim a maioria que os mantém por vontade própria, por omissão, submissão ou conveniência.

            Sou jornalista, técnico em contabilidade, político e conheço como poucos o funcionamento do mundo empresarial. Trabalhei em cooperativas, em empresas particulares assistindo e combatendo a formação de grupinhos que usam as instituições para promoção pessoal. Sobrevivi a tudo sem jamais me contaminar, pois não corrompo e não admito ser corrompido. E nem pratico os atos que as pessoas criticadas por mim praticam.

       

 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

AS RESPONABILIDADES DO FUTURO PREFEITO




São imensas e difíceis de serem cumpridas. A presente análise é deste jornalista que por morar muito tempo em São Gabriel e acompanhar a sua vida política há mais de quarenta (40) anos, além de descomprometido com quem quer que seja exceto com a verdade, tem autoridade para fazê-la.

O futuro prefeito ganhou a eleição fazendo a maioria do eleitorado acreditar na sua promessa de renovação e no seu lema de campanha “chega dos mesmos”. O senhor novo prefeito, acredito, depois de empossado deverá manter sua palavra e compor seu secretariado com nomes que não façam parte “dos mesmos” que por vinte e seis (26) anos, revezando-se com o grupo que ora perdeu, administraram o município. O Prefeito que será empossado no dia 1º. de janeiro de 2013 iniciará seu mandato já desmoralizado, sob a semente da desconfiança e taxado de mentiroso se compor seu secretariado com nomes de políticos requentados componentes “dos mesmos” que jurou combater. Essa foi a proposta oficial pública que conduziu o candidato à vitória. Cumpri-la ou não dependerá da seriedade e da formação moral do vencedor.

Por outro lado para vencer a eleição o novo prefeito fez um acerto cujos termos são desconhecidos do eleitorado, com o Baltazar, o chefe do outro grupo “dos mesmos” que publicamente combatia.

A quem o novo prefeito será fiel: Ao povo a quem prometeu publicamente acabar com “os mesmos” ou ao Baltazar, um “dos mesmos” com quem fez um pacto secreto que, se supõe, lhe obriga a certas concessões?

São algumas das interrogações que cercam de grande expectativa a posse e os primeiros atos do novo prefeito. Prevalecerá a defesa do interesse da comunidade ou se curvará às obrigações impostas pelo pacto com um “dos mesmos” que ajudou a lhe conduzir à vitória.

É muito complicada a situação do novo prefeito, pois pela vitória conseguida com a ajuda de quem está acostumado a viver acomodado à sombra do poder sempre se paga um preço muito alto.

Quem faz do diabo um aliado adota o inferno como moradia.



### Não costumo freqüentar sanitários de rodoviárias, mas para avaliar a decisão da maioria dos vereadores que foi contra a modernização do prédio onde funciona a nossa, cheguei a seguinte conclusão: essa maioria tem nariz de pato, desconhece a falta de higiene que impera no local ou não está preocupada com os usuários dos mesmos. E alguns dos que votaram contra ainda foram reeleitos. Qual dos dois é o pior: o vereador ou o eleitor que o reelege?










sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O RESULTADO DAS ELEIÇÕES


Desde maio p. p. venho enfrentando sérios problemas de saúde e isso me afastou totalmente de uma participação efetiva na campanha eleitoral. Mas me defino como um cidadão político por excelência e nos raros momentos disponíveis sempre procurava me inteirar dos acontecimentos. É diferente fazer avaliações pelas informações de terceiros do que fazê-las baseado nas próprias observações.

Muitos ainda não entenderam a junção de certos setores da direita conservadora, representados pelo BBGT, com a esquerda radical. Ora, para mim o apoio do Baltazar ao Roque só se justifica por um arranjo das cúpulas do PSB e do PT, pois tanto um quanto o outro não tem a mínima tradição partidária nas respectivas siglas.

O PT detém os governos federal e estadual e para quem quer uma acomodação ou deseja manter a que já tem o caminho era se atirar de mala e cuia nos braços do candidato temporariamente petista. O Inocêncio não tinha moeda de troca e embora tenha sido o vice do Baltazar nas eleições de 2008 foi sumariamente descartado.

Ainda penso que não foram o Baltazar e o Roque que ganharam, mas sim o PDT que perdeu ao se pensar suficientemente forte para vencer uma eleição sem compor com outra sigla qualquer. Quem quer vencer precisa compor e isso é uma constatação comprovada pelos resultados nos diversos municípios do RS.

Naturalmente que esse não foi o único pecado. A longa permanência no poder conduz ao esgotamento da criatividade e a criação de vícios administrativos. O curioso nesta eleição, os resultados comprovam, foi o fato da chapa vitoriosa eleger apenas dois (2) vereadores enquanto a perdedora elegeu seis (6).

Passada a disputa é necessário que os espíritos voltem à normalidade e vencedores e vencidos trabalhem em prol do desenvolvimento do município que deve ser o desiderato de todo o político de qualidade.

Resta saber quem, na coligação de fato que venceu a eleição, PT-BALTAZAR-PPS, assumirá a administração efetiva do município, pois quem inventou o slogan vitorioso de “chega dos mesmos” não poderá compor seu secretariado com os mesmos de administrações anteriores. Estou me adiantando, mas se isso acontecer evidenciará a má fé consagrada de que os fins justificam os meios. Pelo que conheço do Roque Montagner dificilmente ele admitirá interferência na formação do secretariado. Quem pensa que vai mandar no novo Prefeito é porque não o conhece. Veremos. Inicialmente os eleitos merecem um voto de confiança, pois ninguém poderá ser avaliado, justamente, antes de exercer o mandato. Fiquemos atentos.

### A reeleição de sete dos nove vereadores que concorreram atesta que o eleitor pouco se importa com a moralidade no desempenho dos mandatos. Farra das diárias, 13º e 14º salários, além de outras irregularidades credenciaram os sete para um novo mandato. E exigem políticos sérios.



Sugestão: Não sei se o Roque Montagner pode concorrer nas eleições da FARSUL. Se pode, somente ele com seu vitorioso slogan “CHEGA DOS MESMOS” poderá desbancar o Sperotto e sua turma.







terça-feira, 16 de outubro de 2012

A SANTA CASA DE CARIDADE




Foi na campanha das eleições 2012 alvo de caloroso debate, mas estéril e pouco esclarecedor porque em nenhum momento foi dito que a mesma pertence à comunidade são-gabrielense e a ela deve servi-la.

Ela não pertence ao provedor ou ao prefeito de plantão por mais longa que seja a permanência de um ou de outro na administração da Santa Casa ou da Prefeitura. Ora, se pertence à comunidade e sua finalidade é servi-la é imperioso a conjugação de esforços do provedor e do prefeito no sentido de fortalecê-la para o bem de todos.

Mas não foi o que ocorreu, no debate realizado era nítida a intenção ou do provedor ou do prefeito em ressaltar que os bons resultados eram produtos da sua ação cabendo ao outro a responsabilidade pelo mau desempenho da saúde pública.

Os recursos que movem a Santa Casa de Caridade não são do Prefeito e nem do Provedor, mas do povo, pois ali são despejados através do SUS, de emendas parlamentares, dos governos estadual e municipal.

Toda a comunidade tem obrigação com a Santa Casa de Caridade e deve colaborar para que ela seja sempre pujante, pois ela é um patrimônio de todos e extremamente necessária nos nossos momentos de dificuldade.

A grande sustentação da Santa Casa de Caridade, por certo, não é a provedoria e muito menos a prefeitura, mas sim o seu quadro médico, a equipe de enfermagem e o seu quadro de funcionários.

Há poucos dias necessitei de uma internação na UTI da Santa Casa e verifiquei “in loco” a excelência do atendimento de médicos e enfermeiros que ali desempenham suas funções. Dentro dos recursos técnicos que lhes são colocados à disposição sua dedicação, indistintamente, para com todos comprova que são especiais para exercer tão nobre atividade.

Trabalhadores da saúde, verdadeiros heróis anônimos, que na superação própria dos vocacionados chegam às raias da sublimação na ânsia de aliviar a dor do seu semelhante, meu respeito e meu reconhecimento. Vocês são especiais.

### Os agradecimento da Rafaela e os meus a todos os que nos foram solidários nos momentos preocupantes vividos nos últimos dias. Nada acontece por acaso e se superei momentos traumáticos é porque não terminei minha missão. Há ainda muito que fazer e farei. Espero que nossos braços sejam grandes o suficiente para abraçar todos aqueles que de uma maneira ou de outra torceram por nós. Que Deus os proteja. Obrigado, muito obrigado.



### A maioria vence, mas no caso de desastre os prejuízos são suportados por todos. Meus cumprimentos aos vitoriosos e espero que as promessas de transformar São Gabriel na terra prometida onde reinará trabalho para todos, saúde, educação, saneamento básico, moradia digna, etc. não tenha sido apenas retórica da campanha política para ganhar o paço municipal.

E a Avenida Tito Prates? Vai ou não vai? Nova exposição-feira, tudo continuará como antes?








terça-feira, 2 de outubro de 2012

ENSINA AO TEU FILHO - Argentino Luna


O amor por sua terra, ensina-lhe a querer a sua paisagem, sua história, seu idioma, a respeitar seus símbolos pátrios, seu hino.

A criança é solo fértil onde devemos plantar a semente do amor por tudo o que a rodeia e lhe pertence e deverá defendê-lo porque é seu patrimônio. Só conhecendo sua geografia, sua música e seus costumes poderá, ao crescer sabendo quem é, forjar sua personalidade.

O homem com pensamento universal começa conhecendo o seu município, amando e compreendendo a sua gente e assim como respeita e valoriza o umbral paterno, poderá entender o mundo de outras pessoas.

Devemos ensinar às crianças o orgulho de haver nascido no seu torrão e, habitantes dignos estudarão e trabalharão pelo bem de sua pátria, quer dizer, da sua própria casa, que é onde começa o seu país.

Assim procedendo terá confiança em si próprio e poderá a favor do que é correto, agir e dizer, Eu sou!

Esta mensagem me foi passada pelo amigo João Francisco Giuliani. Estou divulgando-a por entender que a mesma é de real importância para muitos pais que ainda não acordaram para a orientação dos filhos.

Nunca é tarde para começar.


NOVAMENTE OS VEREADORES


O Senador Cyro Miranda (PSDB-GO) apresentou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê o fim da remuneração para vereadores de municípios com menos de cinquenta mil (50.000) habitantes.

Louvável iniciativa. Cumprimentei o Senador ao tempo em que lhe sugeri que aumentasse o teor da PEC para municípios com até cem mil (100.000) habitantes, pois é necessário e urgente que se estanque essa sangria por onde esvai, infrutiferamente, parte da receita pública, sem qualquer retorno à população de contribuintes.

Mas pensando melhor, Senhor Senador, penso que o ideal e mais aconselhável seria incluir nessa PEC a redução com os gastos do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, de todas as Câmaras Municipais bem como o número de servidores, pois muitos deles não sabem o lugar do seu trabalho e são nababescamente remunerados. A sua idéia é excelente, mas deve abranger os parlamentares de todos os níveis a começar pelo Senado.

Além de diminuir a remuneração seria muito oportuno apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional, ou incluir na de sua autoria, propondo a redução do número de parlamentares e transformar o Congresso em unicameral com um máximo de trezentos (300) componentes. Os benefícios seriam imensos com a agilização das votações que se arrastam por tempo indeterminado no atual Congresso bicameral (Senado e Câmara Federal).

O Brasil exige profundas transformações para dar um salto de qualidade no seu desenvolvimento e desprendimento dos seus líderes para se destacar no concerto das nações. Não é justo, Senhor Senador, que o Brasil utilize mais de cinquenta por cento (50%) da sua arrecadação líquida nos gastos com pessoal (ativo e inativo) não estando incluído nesse percentual o gasto com os parlamentares que povoam o Poder Legislativo. Faça isso Senhor Senador e dessa maneira estará efetivamente exercendo seu mandato pelo bem do Brasil e de seu povo.

É muito duro para o contribuinte brasileiro retirar de sua muitas vezes minúscula remuneração para sustentar parlamentares que comem e dormem nos atapetados corredores dos palácios sem justificar nem dez por cento (10%) do que ganham na defesa dos interesses populares.

POR ISSO CAROS LEITORES E ELEITORES VALORIZEM SEUS VOTOS E FAÇAM OS VEREADORES TRABALHAREM: Não vote em quem já foi ou é vereador, pois, supõe-se, a maioria está de olho no ótimo salário que os senhores pagam. E SEM RETORNO.