Nos últimos três (3) anos o nosso estado tem passado por constrangimentos nunca vistos ao longo de sua existência. Éramos, até então, o estado mais politizado e mais sério da federação. O poder de indignação era nossa marca registrada tanto é verdade que nos rebelamos contra a discriminação imposta pela administração central. Dessa indignação surgiu a revolução farroupilha (1835-1845), uma luta sangrenta do RS contra as forças do resto do Brasil.
Quando a maioria elegeu uma paulista para nos administrar teve início o deboche às nossas mais caras tradições. O governador da época, no fim do seu mandato, teve o descaráter de mandar para AL um projeto de lei alterando a matriz tributária cujo principal objetivo era a majoração de impostos e desonerar a futura administradora do ônus que tal decisão lhe acarretaria em vista da mesma ter sido eleita com a proposta de não aumentar impostos e muito menos criar algum novo.
Não tenho conhecimento de algum acordo entre o governador anterior e a atual governadora, mas aquele agüentar o ônus de projeto tão antipático é deveras estranho. Não será essa a causa da sua desistência, se é que desistiu, de concorrer novamente ao cargo de governador?
O deboche maior foi a indicação, pela governadora, do nome do deputado Marco Peixoto (PP), sem os requisitos necessários, para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas do Estado. A agressão aos homens de bem deste estado veio através da aprovação da maioria que constitui a base de apoio à governadora àquele nome, pois era sabedora da conduta não ilibada do parlamentar indicado. Ou foi indicado por que não tinha conduta adequada? O golpe final aconteceu com sua posse.
A grande mídia do RS silenciou ante tamanho disparate e tamanha prepotência de uma maioria submissa a interesses outros que não os da sociedade rio-grandense. A grande mídia do RS só se preocupa com o escândalo do DF fingindo que aqui não existe arruda. A arruda importada se mostrou mais forte do que a nossa até então conhecida como espantadora de maus fluídos. Acabou. O RS, tristemente, está igualado ao resto do país graças a quem deveria resguardar suas mais caras tradições.
O silêncio geral ofende, machuca e desestimula, mas como tenho compromissos com meus leitores e com a verdade faço as seguintes perguntas: Quem sumiu com o Marcelo Cavalcante? Se ele fosse vivo não existiria vídeo do RS?
Nossa arruda fraquejou, pois em vez de espantar maus fluídos só atraiu infortúnios para nossa gente.
## Segundo morador da zona ribeirinha a enchente virou ponto turístico no município devido à quantidade de gente que vai olhar as mazelas dos alagados. Fica o registro. A solução desse problema depende das iniciativas comuns dos moradores e das autoridades constituídas.
## PA – Pronto Atendimento. Nem tudo que parece é. Não adianta construir prédio suntuoso e o atendimento continuar precário. Para uns é DA – Demorado Atendimento.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
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