Muitos eleitores deste espaço me fazem a seguinte pergunta: O senhor ganha dinheiro para escrever no Correio Gabrielense? Respondo, nenhum real. Vou mais longe, nunca ganhei remuneração dos jornais com os quais colaborei e foram muitos. Não recebi e não recebo, nunca paguei e não pago, quando muito pago uma assinatura. Sou um colaborador em todos os sentidos com o jornal e com meus leitores, pois procuro divulgar a verdade escondida apesar das dificuldades inseridas na própria lei. Hoje é difícil levar ao conhecimento do público os maus pagadores, os aproveitadores dos recursos públicos, os sonegadores e tantos outros que com seu mau comportamento prejudicam toda a coletividade. Nos dias atuais os administradores públicos estimulam os maus contribuintes criando programas com isenção de multas e ou juros e outras vantagens, pois os que respeitam os prazos legais, na ótica desses administradores, nada mais fazem do que cumprir com sua obrigação fiscal.
Sou um articulista independente, pois para mim é mais fácil deixar de escrever do que escrever para agradar C ou D por imposição do jornal ou de quem quer que seja. Este espaço não tem patrocinador e só existe pela vontade dos donos do jornal e da minha. Essa independência tem me proporcionado muitos dissabores e a perda de diversos espaços inclusive nas emissoras de rádio da cidade que de uns tempos para cá me esqueceram.
Aos leitores deste espaço que reclamam por não me ouvirem nos programas jornalísticos das emissoras locais aconselho perguntarem aos donos ou gerentes das emissoras porque tenho a absoluta certeza de que quando participei de programas radiofônicos sempre respeitei as leis da ética e da civilidade além de aumentar, e muito, suas audiências.
Conheço os bastidores das comunicações, pois profissionais que trabalham nessa área me mostram como funcionam. Sei como se perde uma concessão para exploração do serviço de radiodifusão, pois o Luiz A. Salgado, o Roberto B. de Barbosa e eu perdemos uma imperdível.
Tenho sofrido prejuízos e incompreensões porque os vaidosos, produto dos bajuladores, não aceitam críticas por mais verdadeiras que sejam. Pensam que são deuses. Mas tenho também a satisfação de encontrar pessoas que se manifestam dizendo que em um primeiro momento se ofendem, porém relendo e analisando friamente aprendem muito com minhas idéias.
Escrevo para o futuro sem a pretensão da unanimidade, mas com a consciência de que preciso ajudar a construir um mundo melhor, pois também faço parte do universo.
A minha gratificação colaborando com o CORREIO GABRIELENSE é mostrar aos seus jovens proprietários do quanto é penoso e difícil ser independente e autêntico no ramo de bem informar, mas ao mesmo tempo fazê-los ver que quando se consegue é porque se adquiriu maturidade, isenção na divulgação dos fatos e uma força maior que a dos ventos e das águas.
Escrevo na esperança de ser útil aos que gostam de mim, mas principalmente na esperança de que aqueles que não gostam de mim compreendam que as individualidades precisam ser sacrificadas para que prevaleça o bem estar da coletividade.
Agradar e desagradar é o risco de todos que participam de uma sociedade pluralista.
Escrevo para viver a vida e não somente para passar na vida.
Até enquanto a censura não me cortar, novamente.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
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