Deve ser considerada, por quem a
recebe, um meio de aperfeiçoamento e não uma simples agressão inócua.
Não
existe ninguém que esteja imune à crítica, pois a perfeição está muito distante
dos humanos.
O
que diferencia as pessoas é a maneira como encaram e assimilam o recado
transmitido quando um terceiro emite sua opinião.
Toda
e qualquer pessoa no exercício de quaisquer atividades não pode, sob o risco de
parecer prepotente e superior, desconsiderar o que os outros que recebem o
produto de sua atividade pensam a respeito do mesmo.
Os
deslumbrados ao assumirem certos cargos, normalmente na administração pública,
se pensam superiores aos demais, mas esquecem que ali estão simplesmente pela
vontade uma pessoa e nem sempre pela demonstração de capacidade.
E
nestes momentos de total anarquia na vida pública nacional é quase impossível
salvar os administradores públicos, eleitos ou não, de qualquer crítica quanto
ao seu desempenho. São subalternos do povo e como tal devem ter a humildade
suficiente para aceitar as observações dos usuários dos seus serviços.
Quando
os parlamentos municipal, estadual e federal se transformam em bolsa de valores,
onde cada sigla partidária tem o preço fixado pelo valor de cada vereador,
deputado ou senador de sua bancada e ainda assim entende que está acima da
crítica, a maioria dos eleitores não menos responsável que os eleitos, reclama,
reclama e reclama, mas acaba votando nos mesmos que usam a vida pública para a
formação, se supõe, de fortunas pessoais para si ou para seus afins.
Certos
aproveitadores se tornam donos de associações de classe ante a apatia e a
indiferença da maioria classista que paga um preço altíssimo pela
desorganização provocada pelos líderes sem liderados que alimentam a própria
vaidade.
São
embaixadores dos próprios interesses ou do interesse da minoria feudal que os
cerca. A coletividade que pague o preço da sua soberba, pois eles têm certeza
de que não serão atingidos pelo caos provocado por suas irresponsabilidades.
Mas
se pensam acima da crítica, mas se pensam deuses do raio e do trovão.
Pobres
mortais tão miúdos, sem grandeza para aceitar a crítica inerente ao cargo que
ocupam que se transformam em coitados que simplesmente passarão.
Aproveitar
a crítica para a evolução pessoal é um rasgo de talento que se encontra
naqueles que têm espírito arejado e uma vontade hercúlea de saber e de evoluir.
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