sexta-feira, 5 de maio de 2017

A CRÍTICA



         Deve ser considerada, por quem a recebe, um meio de aperfeiçoamento e não uma simples agressão inócua.
            Não existe ninguém que esteja imune à crítica, pois a perfeição está muito distante dos humanos.
            O que diferencia as pessoas é a maneira como encaram e assimilam o recado transmitido quando um terceiro emite sua opinião.
            Toda e qualquer pessoa no exercício de quaisquer atividades não pode, sob o risco de parecer prepotente e superior, desconsiderar o que os outros que recebem o produto de sua atividade pensam a respeito do mesmo.
            Os deslumbrados ao assumirem certos cargos, normalmente na administração pública, se pensam superiores aos demais, mas esquecem que ali estão simplesmente pela vontade uma pessoa e nem sempre pela demonstração de capacidade.
            E nestes momentos de total anarquia na vida pública nacional é quase impossível salvar os administradores públicos, eleitos ou não, de qualquer crítica quanto ao seu desempenho. São subalternos do povo e como tal devem ter a humildade suficiente para aceitar as observações dos usuários dos seus serviços.
            Quando os parlamentos municipal, estadual e federal se transformam em bolsa de valores, onde cada sigla partidária tem o preço fixado pelo valor de cada vereador, deputado ou senador de sua bancada e ainda assim entende que está acima da crítica, a maioria dos eleitores não menos responsável que os eleitos, reclama, reclama e reclama, mas acaba votando nos mesmos que usam a vida pública para a formação, se supõe, de fortunas pessoais para si ou para seus afins.
            Certos aproveitadores se tornam donos de associações de classe ante a apatia e a indiferença da maioria classista que paga um preço altíssimo pela desorganização provocada pelos líderes sem liderados que alimentam a própria vaidade.
            São embaixadores dos próprios interesses ou do interesse da minoria feudal que os cerca. A coletividade que pague o preço da sua soberba, pois eles têm certeza de que não serão atingidos pelo caos provocado por suas irresponsabilidades.
            Mas se pensam acima da crítica, mas se pensam deuses do raio e do trovão.
            Pobres mortais tão miúdos, sem grandeza para aceitar a crítica inerente ao cargo que ocupam que se transformam em coitados que simplesmente passarão.
            Aproveitar a crítica para a evolução pessoal é um rasgo de talento que se encontra naqueles que têm espírito arejado e uma vontade hercúlea de saber e de evoluir.        
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