É
a pergunta que muitos eleitores já estão fazendo quando falta menos de um ano
para as eleições municipais. Alguns que já votaram no Baltazar, outros que já
votaram no Rossano, outros que já votaram no Roque Montagner e outros que já
votaram nos dois primeiros ou em todos os três afirmam que gostariam de votar
em gente nova ou em candidatos que não tenham habitado o Palácio Plácido de
Castro. Quando me perguntam se isso será possível, logo respondo que é quase
impossível. Por quê? Porque não temos Partidos Políticos autônomos e
responsáveis, mas sim um agrupamento de muitas pessoas alienadas e omissas que
se chamam afiliados ou filiados, como queiram chamá-lo, que se sujeita aos
interesses de um ou dois nomes dos seus respectivos agrupamentos e não com a
comunidade em geral.
Mas
como votar em candidatos diferentes se algumas convenções partidárias
apresentam e aprovam os mesmos nomes? Ou vocês acreditam que a convenção do PDT
não apresentará o Rossano? Ou vocês acreditam que o partido do Baltazar, que
muitos não sabem qual é, apresentará outro nome que não o dele? Ou vocês
acreditam que o PT apresentará outro nome que não o do atual prefeito? Este
compreensível pelo instrumento da reeleição.
E
o PP? Não foge á regra. Em 2008 tentei ser candidato, mas fui derrotado pela
mesmice.
A
dificuldade em aparecer lideranças novas é porque vivemos sob a ditadura das convenções partidárias que
são manipuladas pela maioria dos seus convencionais e conduzidas para atender
os interesses de pessoas predeterminadas.
Mas
não é somente a ditadura dos Partidos Políticos a responsável pela mesmice. A
principal delas é o eleitor, pois quando se apresenta nome novo este é
literalmente recusado, senão vejamos: O Eduardo Petrarca Léo, o Nicanor
Cristoch, o Carlos Dácio Assis Brasil, o Alcir Lannes, o Paulo Fernando
Forgiarini, o Renato Figueira, o Inocêncio Gonçalves e outros foram candidatos,
mas a maioria do eleitorado preferiu a mesmice. É uma das razões porque não
acredito nas reclamações que me são apresentadas, pois a maioria escolheu os
mesmos porque quis.
Outro
fato a considerar é a qualidade do candidato apontada pelo eleitorado, o que
veremos a seguir: No ano de 2012, o período de maio a novembro dediquei a
cuidar da minha saúde, o que acabou em uma operação no coração e por essa razão
não participei, como gostaria, da campanha política. Mas ouvi: o Inocêncio
Gonçalves é o melhor candidato a Prefeito. Votas nele? Não, já tenho
compromisso. Essa cretinice não pode ocorrer em eleição. É melhor? É. Então tem
de ser o escolhido. Conheço muito bem meu povo e também o eleitorado.
A
mesma coisa já aconteceu comigo: Fui o melhor candidato a vereador nas eleições
em que coloquei meu nome a disposição, mas
obtive setenta votos. O pior? Ah, o pior fez mil e poucos.
O melhor exemplo do
que afirmo é a eleição do Jardel. Não é ele o único responsável; o Partido que
lhe deu legenda e os eleitores que o consagraram nas urnas são os
primeiros.
Existe
o eleitor que despreza os estudiosos para votar no jogador de futebol, no
pastor da sua igreja, no apresentador de televisão, no seu palhaço preferido e
dessa maneira anarquiza com a política que é uma bela ciência que não se exerce
sozinha.
Não
espero que concordem comigo, pois as pessoas se justificam transferindo as
responsabilidades dos seus fracassos a Deus, ao diabo, ao mar, ao céu, ao
vizinho, ao cachorro do vizinho, ao papagaio do vizinho, ao presidente do
clube, mas jamais admitem os seus equívocos.
O
espaço é pequeno, mas espero que absorvam seu conteúdo.
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Dagoberto Focaccia, o teu ligeirinho é muito mais ágil do que o meu e faz mais
enredo do que muçum quando é pego em linha. Só nós percebemos, por isso
sobrevive.